O ecbahia.com está empenhado em levar ao torcedor tricolor a maior e melhor cobertura sobre as eleições de 2020 no Esquadrão de Aço, buscando ouvir todos os lados envolvidos no pleito eleitoral para ajudar o sócio-torcedor a decidir pelo candidato que mais lhe agradar.
Nesta última quarta-feira (18), o candidato à presidência do Esquadrão pelo grupo +Bahia, Lúcio Rios, concedeu entrevista exclusiva de 1h ao site e respondeu a perguntas sobre alguns dos assuntos mais importantes relacionados ao Tricolor.
Ressaltamos que o convite para entrevista já foi feito ao atual presidente e candidato à reeleição, com o objetivo de ceder o mesmo espaço a todos os candidatos, de forma imparcial.
Rios falou sobre temas de dentro e fora do campo. Separamos em texto mais alguns trechos da entrevista concedida através de transmissão ao vivo pelo Youtube e Facebook.
Relação Bahia e Arena Fonte Nova
“A Arena Fonte Nova é um grande parceiro. Acho até que poderíamos ter conseguido mais com essa parceria se não tivesse havido desgaste que sofremos na gestão anterior a Guilherme Bellintani, onde houve muita discussão e não teve um tato comercial do ex-presidente do clube. Na gestão de Guilherme, conseguiu-se aproximar novamente do parceiro. Outros produtos para o sócio foram realizados dentro da arena. Eu entendo que a Fonte Nova depende muito mais do Bahia do que o Bahia depende dela. Mas, a gente precisa, sim, saber explorar a comunicação que fazemos aos sócios. Infelizmente, existe uma falta de comunicação do Bahia informando ao sócio garantido alguns direitos e deveres. Acontece que o processo recai sobre a Fonte Nova. O Bahia precisa comunicar melhor o quanto é importante estar presente na Fonte Nova e tenho certeza que há muito a evoluir internamente. A gente não chegou no patamar de sócios para poder finalizar o acesso garantido, mas essa comunicação no pós-venda do produto precisa melhorar, sim. Mas é uma relação comercial. Eu atuo na área comercial, sei fazer leitura de contrato, já trabalhei dos dois lados – tanto como fornecedor, como quanto contratante – e acho que temos muito a crescer sim”.
Divisão de base
“Incrivelmente os jogadores que foram formados e posteriormente negociados pelo Bahia atual, grande parte deles foram criados em uma fase em que o Bahia não tinha orçamento milionário, que tinha uma estrutura no Fazendão extremamente ruim, na época anterior à democratização, e hoje com todos os recursos não conseguimos desenvolver um bom trabalho. Entendo que é falta de foco na principal área do clube, que é o futebol. Na verdade, o Bahia não não tem foco no futebol. Entendo que precisamos ter a divisão de base como uma unidade de negócio à parte, uma coordenação à parte. E essa coordenação vai tratar a divisão de base com o presidente e não diretamente com o diretor de futebol”.
“A maior parte dos atletas do time sub-20 e de transição vêm do estado de São Paulo, a maioria vem do Palmeiras. Será que o Palmeiras não fez uma avaliação desses atletas? Será que esses atletas não servindo para o Palmeiras, vão estar aptos para o Bahia? Evidentemente que um ou outro pode acontecer que sim, mas no volume de atletas que estamos recebendo, acho extremamente complicado, desastroso, inclusive financeiramente. O foco tem de ser na formação de jogadores na divisão de base. É lá que se cria identidade desses jovens com o Bahia, é onde informa ao jogador que o Bahia é um time campeão, nascido para vencer, que é necessário ao extremo evitar uma derrota em casa. Somente com esses valores os atletas vão poder subir e saber o que precisam entregar”.
Prejuízo financeiro decorrente da pandemia
“É bastante preocupante a questão do prejuízo que temos atualmente no Bahia. Inclusive essa questão financeira vem até de um processo anterior à pandemia. Até sinalizo que o Bahia, a partir da pandemia, com ações pontuais ele conseguiu se minimizar e aí vem todo o processo administrativo e financeiro que estamos evoluindo. Entendo que uma das principais ações que a gente precisa ter é identificar de forma correta as contratações feitas pelo clube. Há jogadores no clube que se somar o valor que custaram, passa de R$ 10 milhões. A gente precisa identificar de forma correta e reduzir os erros. O Bahia não tem condição de comprar atletas com valores tão absurdos para nossa realidade e esse atleta ser reserva. Precisamos melhorar nossa eficácia e reduzir os prejuízos”.
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