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Mano admite ter ‘ultrapassado limite’ em ofensa a árbitro

Notícia
Entrevista
Publicada em 13 de outubro de 2020 às 16:39 por Victor de Freitas

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Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia

Alvo de polêmica na rodada do último final de semana, o técnico Mano Menezes concedeu entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (13), no CT Evaristo de Macedo, e falou sobre os fatos ocorridos no Maracanã que renderam críticas e pode chegar até a uma punição do STJD.

Um dos principais assuntos da entrevista do dia foi justamente a ofensa do técnico tricolor ao árbitro José Mendonça da Silva Júnior, ao chamá-lo de “vagabundo” após o apito final no Maracanã.

Mano Menezes admitiu ter ultrapassado o limite e ter faltado com educação. Por isso, pede desculpas pela forma como se expressou.

“Quero deixar uma coisa bem clara. Embora eu não tenha ido ao campo ao término do jogo para reclamar diretamente com a arbitragem. E fui com o primeiro intuito de tirar os jogadores, tanto que a minha observação é para um jogador nosso, que é o Elias, a captação da fala que tinha em relação ao episódio mostrou um descontentamento e uma reclamação indireta sobre os fatos que tinham acontecido. Quero pedir desculpas pelo palavreado usado, porque acho que não foi adequado e não é adequado em nenhuma circunstância, mesmo que você esteja certo. Existe um limite para as coisas. Então, penso que ultrapassei esse limite e peço desculpas por isso. Não quero deixar transparecer que isso é normal e correto”.

Ele também ressalta que um treinador experiente não pode ultrapassar o princípio básico da educação.

“Um técnico da minha trajetória tem que saber que, mesmo em momentos difíceis, em que até você pode achar que está certo, o limite da educação não pode ser ultrapassado e eu ultrapassei. Repito: peço desculpas por isso”.

Mano também afirmou que reações alteradas ocorrem com frequência por treinadores de qualquer parte do mundo, inclusive na maior liga de futebol: a Premier League.

Para ele, o microfone direcionado à área técnica é desnecessário e deve ser repensado no Brasil.

“Temos técnicos que reclamam de forma mais frequente, mas ninguém chama a atenção. Talvez, até pela trajetória e pelas posições mais duras, por uma certa antipatia ou simpatia. Penso que se valoriza isso demais no Brasil. Vejo na Europa, que é a grande referência nossa… Vamos usar a Premiere League. Muitas e muitas vezes, os técnicos fazem reclamações ríspidas, mas não temos esse som, o microfone logo embaixo do técnico, que talvez surgiu até como boa ideia de demonstrar trabalho do técnico, as orientações. Ao mesmo tempo, ela também torna público diálogos que, às vezes, não são tão bonitos que, na linguagem do futebol, são considerados mais normais. Penso que deveríamos repensar isso. Ao mesmo tempo que, sem dúvida nenhuma, o estádio estando mais vazio, o som dessa fala se torna mais ouvido de modo geral. Ficou um ambiente menos agradável, eu diria assim. Devemos repensar esse microfone, que ele não traz benefício algum”.

O próximo jogo do Bahia será contra o Goiás, na sexta-feira (16), fora de casa.

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