Mano cita incômodo com erros de defesa e desorganização tática

Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia

O Bahia perdeu por 3 a 2 para o Defensa y Justicia, nesta quarta-feira (09), e vai levar uma grande desvantagem para a partida de volta, na Argentina.

Após a derrota que deixa o Bahia com a obrigação de vencer por pelo menos dois gols de vantagem para conquistar a classificação, o técnico Mano Menezes concedeu entrevista coletiva e avaliou o desempenho de seus atletas em campo.

Depois de ter passado por um momento de redução nos gols sofridos durante o mês de novembro, o Bahia voltou a ser uma equipe que leva gols “fáceis”. Essa afirmação é feita pelo próprio treinador tricolor, que citou incômodo pelas falhas constantes do sistema defensivo do Bahia.

“É uma situação que me incomoda muito. Me incomoda porque a gente toma gol com muita facilidade. Um time não pode tomar gol com a facilidade com que tomamos. Mas, não acho que seja só a defesa. Seria muito simples de minha parte olhar para os dois centrais e para os laterais e falar que a última linha toma gol. Mas, a última linha toma gol porque a equipe perde a bola na frente quando não pode perder ou a equipe perde a bola em uma transição quando você está mais aberto, porque se abriu como time para construir jogada. E a bola boba quando o nível do adversário é bom”.

Por entender que as falhas defensivas não acontecem apenas por jogadores da última linha de defesa, Mano cita também a desorganização tática do time no momento de atacar como fator que culmina no alto número de gols sofridos.

“Então, nosso sistema de se defender precisa melhorar. Não tenha dúvidas de que precisa melhorar. A gente precisa se manter organizado para construir o jogo. A primeira questão bem objetiva é que uma equipe que se desorganiza quando precisa construir, está desorganizada para se defender. E o Bahia comete esse equívoco ainda como equipe. Não está maduro suficiente para construir dentro do campo. E aí se desorganiza, se abre e todo mundo erra. E o erro custa caro”.

Mano explica entradas de Elias e Rodriguinho no segundo tempo

“Quando fomos ao intervalo, nós estávamos sofrendo uma marcação muito forte no meio-campo. E a gente não estava conseguindo passar por essa marcação e sustentar essa bola para que a equipe chegasse com mais qualidade. Ronaldo não tinha condição quase de jogar, foi reintegrado há três dias. E alguns sofrem mais e outros menos com a Covid. Entendemos que para a função, Elias seria o jogador mais adequado para entrar. Temos que parar de individualizar e achar que foi esse ou aquele que trouxe dificuldades para o jogo. O Bahia encontrou dificuldades nos primeiros minutos e não entrou como se entra em um jogo decisivo em termos de atenção. Não iniciamos o jogo bem. E não estavam Elias e Rodriguinho que não iniciamos o jogo bem. Então, não adianta individualizar. Não foi por isso que nós não vencemos o jogo hoje. Agora temos que responder da mesma maneira como eles fizeram aqui”.

“Não acho que o Bahia perdeu intensidade no segundo tempo. O jogo é intenso o tempo inteiro. A diferença é que o adversário estando à frente, ele diminui intensidade e breca o jogo a todo instante. Quando sofre uma falta, fica um ou dois minutos sendo atendido. Você que quer imprimir ritmo não consegue quando as regras não são seguidas como as orientações devem ser para as duas equipes. Hoje ficou nítido”.

O Bahia vai decidir o confronto na próxima quarta-feira (16), na Argentina.