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‘Não foi decisão só de Rossi’, diz representante sobre saída do Bahia

Notícia
Entrevista
Publicada em 7 de janeiro de 2022 às 10:31 por Victor de Freitas

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Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia

A suposta renovação automática de Rossi foi um dos que mais movimentaram a entrevista coletiva concedida pelo presidente Guilherme Bellintani na última quarta-feira (05). Desta vez, foi a representante do atacante que comentou a saída sob o ponto de vista do staff do atleta.

Na coletiva, o dirigente tricolor afirmou que não houve renovação automática e que não existe mais vínculo com o jogador, além de também ter citado que só continuarão no Bahia atletas que quiserem estar no clube.

“Nós tínhamos uma opção de renovação automática, prevista no contrato que se encerrou. O contrato se renova automaticamente se atingida metas, que foram atingidas. Se as duas partes se manifestam para não renovar, o contrato não é renovado. Não existe contrato com ele hoje. Existe uma cláusula de renovação automática. Estamos avaliando juridicamente e também, principalmente, do lado anímico”, falou Bellintani.

Pelo ponto de vista do staff do jogador, as declarações não foram bem aceitas.

Em entrevista a Rodrigo Barata e Paulo Canário, parceiros do ecbahia.com, através do canal Bara Bahêa, no Youtube, a representante do atleta, Carina Magnabosco, garantiu que a decisão da saída do atleta foi um consenso entre as duas partes.

Profissional responsável por intermediar negociações do atacante Rossi, Carina afirmou que o presidente tricolor “esqueceu” de afirmar que o Bahia também não demonstrou interesse em proceder com a renovação.

“O Guilherme (Bellintani) esqueceu de comentar um detalhe, de que seu diretor Eduardo (Gadelha) entrou em contato comigo, após os boatos da possível cláusula de renovação automática, que eles não teriam interesse também em permanecer com o atleta no clube. Então, não foi uma decisão só do atleta, mas também deles”, disse Carina.

Ela também afirma que houve momentos em que o jogador poderia ter entrado com pedido de rescisão contratual por vias jurídicas, mas que optou por não fazer.

“Não vou entrar em mérito de contrato, até porque não podemos abrir. O contrato dele se findava em 31 de dezembro de 2021. Por vários outros motivos da parte jurídica, poderia ser pedida a rescisão deste contrato e não foi feito”, continuou.

Segundo a intermediadora de negociações, não houve sequer definição de qual seria o percentual de jogos para a renovação automática, somente afirmação que partiu do clube de que não haveria renovação.

Antes de qualquer pessoa falar em cláusula automática, em momento algum foi discutido o percentual de jogos se foi ou não atingido. Não se falou em nada disso. O diretor Eduardo entrou em contato comigo dizendo que o clube não tinha interesse em manter o atleta (para 2022). O atleta, enfim, houve alguns desgastes no percurso do contrato, mas que não tem nada a ver com a parte de futebol ou com estar jogando a Série B, achou melhor findar o contrato sem uma renovação”.

Renovação automática aconteceu ou não?

“Acho muito importante que antes de se falar em cláusula de renovação automática, tem de saber muito bem como é escrita essa cláusula porque hoje a maioria dessas cláusulas de renovação automática são postetativas, ou seja, são cláusulas nulas porque dependem somente de uma via. Então, você só pode permanecer com essa cláusula automática se uma das partes determina isso e tem o poder de escalar ou não o jogador. Então, não é bem assim que funciona. É uma cláusula geralmente unilateral, como todos temos conhecimento, juridicamente é uma cláusula nula. Não estou dizendo que é o caso do Rossi”.

“No caso do Rossi, o Guilherme (Bellintani) simplesmente esqueceu de declarar que eles também nos ligaram dizendo que também não tinham interesse em fazer uma possível renovação com o atleta”, reafirmou a representante.

Débitos do Bahia com Rossi já estão sendo discutidos

“Inclusive, já começaram a nos mandar documentos, a tentar fazer acerto de valores em aberto, e eu acho que isso tem que ficar muito claro para a torcida. Parece que o jogador não quis mais vestir a camisa do clube. Não é isso o que aconteceu. No futebol, estamos acostumados a idas e vindas. Enfim, temos muito apreço pela torcida. Eu mesmo me tornei torcedora do Bahia, em função de acompanhar tantos jogos, e vou continuar sendo. E por isso venho me manifestar. Mas eu acho que não podemos ver nosso atleta, ou uma só parte como vilã, porque não se sabe o que acontece nos bastidores. Hoje é ciente que no Brasil houve muitos atrasos de salário, muitas outras coisas que podem ter sido estabelecidas no contrato e não foram cumpridas”.

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