Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia
A queda de rendimento do Bahia causou estragos na campanha que prometia uma disputa real pela Libertadores. Porém, sem vencer há oito jogos, a equipe tricolor deixou a briga por uma vaga na competição continental e tem convivido com questionamentos feitos pela torcida.
Uma das questões mais levantadas por torcedores é sobre um possível pedido de premiação, por parte dos jogadores, que não teria sido aceito pela diretoria.
No Programa do Esquadrão, o presidente Guilherme Bellintani garantiu que não existe nenhuma premiação não cumprida por parte da diretoria tricolor. Pelo contrário, o dirigente garante que houve uma negociação rápida e que satisfez todas as partes.
“Não há racha no elenco, não há premiação não cumprida. Ela (premiação) foi proposta pelos atletas. Eles fizeram uma proposta e nós entramos com uma contraproposta, que logo foi aceita. Negociação foi muito rápida”, afirmou Bellintani.
“Quando a gente faz uma premiação para uma conquista de vaga, o torcedor tem que entender que nenhuma premiação que qualquer clube pague vai ser maior do que o ganho individual quando conquista a vaga. Se a gente fosse, ou for (para a Libertadores), cada atleta tem uma valorização absurda. Esse contrato ganha outra dimensão. A premiação de valorização do seu passe, da sua carreira. Há três tipos de prêmios. O primeiro é a felicidade; o segundo, é o prêmio que o clube paga; o terceiro, a valorização. Esse aí não tem preço. Nossa premiação é significativa, é a maior da história do clube. Você não vê atleta do Bahia fazendo barca, perdendo noite. É um grupo sério, unido e o mais unido que eu já vi. Agora, essas coisas acontecem e a gente tem que reconhecer erros. Não existe racha, falta de premiação”.
Queda de rendimento do Bahia no returno
Bellintani também comentou sobre o mau rendimento de seus jogadores durante o segundo turno do Campeonato Brasileiro. Com salários e premiações em dia, o presidente acredita que a queda de desempenho aconteceu por falhas individuais que levaram à perda de controle emocional durante os jogos.
“Momento mais difícil dos últimos meses. Triste e ruim. Infelizmente, no futebol, a gente busca um fato objetivo e, às vezes, ele não existe. Muita gente falou em questão de premiação, de cansaço, de falta de alternativa tática. O que a gente vê hoje é que, depois do jogo do Ceará, que a gente estava ganhando, naquele momento em 5º lugar, tomamos dois gols muito parecidos, jogo atípico. A partir dali, o time não foi o mesmo. Perdeu intensidade, perdeu concentração, falhas coletivas e individuais. Fato é que oito jogos sem vencer é muito para a nossa história. É muito ruim. O que posso dizer, com toda franqueza, é que não há nenhum dos problemas listados. Hoje o clima é muito positivo, apesar do resultado ruim. Ontem a gente tinha certeza de que iria vencer, pelo clima no vestiário. Fizemos um início ruim, tomamos dois gols em 12 minutos. Clima de muita tristeza no fim do jogo. Todo mundo querendo dar alegrias. Ninguém acha que está com crédito, que está com tudo pago. Todo mundo sentindo que poderia mais. O que aconteceu foram falhas individuais sucessivas e perde de controle emocional. Mas o clube se mostra grande nesses momentos difíceis”.
Bahia fora da briga por Libertadores?
“Naturalmente, às vezes sou criticado por ser realista. Minha mensagem é muito clara: você sempre vai ver um presidente franco. Não posso vender ilusão de que temos grandes chances, que vai ser alcançado. Matematicamente e esportivamente, é possível. O que tenho dito é que vamos esquecer a Libertadores enquanto não ganhar um jogo. Enquanto não ganhar, não tem por que falar em vaga. Temos um desafio mais imediato, que é vencer. O que a gente busca é terminar o campeonato dignamente. Se, depois, o campeonato oferecer oportunidade, a gente pensa. O grande desafio da gente é dar uma resposta para a torcida, para as famílias dos atletas, para os atletas. O que a gente precisa é ganhar jogo. Depois a gente volta a falar em expectativas maiores. Em relação a elenco, não tenho dúvida de que houve falha na montagem do elenco”.
Dificuldades do dia a dia como presidente
“Eu trago muito para mim. Todo torcedor traz. Mas eu, nessa função, somatizo demais. Eu praticamente não dormi, isso impacta no dia a dia. Tem que ser racional, enfrentando com coragem. A gente está errando, identificando os erros. Às vezes, atletas que passaram por momentos decisivos. Isso é uma falha do nosso elenco, para diluir isso. O que importante é o projeto sério, continuamente demorado”.
O Bahia é o décimo colocado do Brasileirão, com 44 pontos.
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