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Não repete escalação? Setorista do São Paulo detalha estilo de Rogério Ceni

Notícia
Entrevista
Publicada em 14 de setembro de 2023 às 12:56 por Victor de Freitas

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Fonte: Letícia Martins / EC Bahia

Com contrato assinado até o final de 2025, Rogério Ceni fará sua estreia pelo Bahia nesta quinta-feira (14), contra o Coritiba, e já desperta grande curiosidade entre os torcedores tricolores quanto à escalação que pretende usar após uma sequência de maus resultados do Bahia com Renato Paiva.

Rogério assume o Bahia depois de ter passado um ano e meio dirigindo o São Paulo em sua segunda passagem como treinador pelo clube por qual atuou ao longo de toda a sua carreira como jogador.

Em contato feito por Darino Sena, em uma live no seu canal de Youtube, o jornalista Arnaldo Ribeiro, setorista do São Paulo, contou detalhes do dia-a-dia e do modelo de trabalho que a torcida do Bahia pode esperar do novo técnico.

“O Rogério é um cara que confia em poucas pessoas e acho que o Charles é uma dessas pessoas que ele confia. Ele fala português. O Rogério gostou dele, na primeira impressão, porque ele cuida da logística. Não só do campo e bola, mas ele é um cara mais da interlocução e do extracampo. Hoje ele é o principal auxiliar”, disse Arnaldo.

Ele também contou sobre como Rogério Ceni trabalha sempre buscando manter o segredo das suas estratégias.

Escalação, ele não vai deixar vazar nenhuma. No São Paulo, ele escondeu todas. E se vazar, ele vai atrás. Aliás, essa foi uma das coisas que não deram certo para ele no Flamengo. Lá as coisas transbordam. Quando se divulga na rede social uma hora antes do jogo, se divulga em ordem numérica para não entregar a disposição tática. Não divulga lista de relacionados, é tudo mistério”.

Arnaldo Ribeiro ainda conta que foram raras as vezes em que o São Paulo repetiu escalação sob o comando de Rogério Ceni.

É raríssimo ele repetir uma escalação de um jogo para o outro, porque ele pensa muito em relação ao adversário. Para ele, jogar contra o Coritiba fora de casa e jogar contra o Santos, em casa, contra o Diego Aguirre que ele conhece bem, são situações diferentes”.

“Ele foi na Europa, fez cursos, teve passagens vivendo o dia-a-dia de clubes europeus. Não sei qual foi a lábia dele, mas trouxe para o Brasil dois gringos, Michael Beale e Charles Hembert. Se é um cara que não constrói nenhuma relação, como vai trazer dois gringos para começar um trabalho no Brasil? Ele é um cara que sabe construir relações. E o Rogério já captando a crise de técnicos brasileiros, mergulhou nisso”, completou.

Com Charles Hembert, Nélson Simões e Leandro Macagnan como auxiliares, Rogério Ceni iniciou seu trabalho como treinador do Bahia na última segunda-feira e, nesta quinta, fará seu primeiro jogo à frente do time, a partir das 20h, no Couto Pereira.

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