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Paiva analisa primeiros meses no Bahia e reforça pedido de paciência

Notícia
Entrevista
Publicada em 4 de abril de 2023 às 15:39 por Victor de Freitas

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Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia

Renato Paiva chegou ao Bahia na primeira quinzena de dezembro. Após a pré-temporada e um trimestre de temporada, com título, o treinador português analisa o seu início de trajetória pelo Esquadrão, citando dificuldades e reforçando seu pedido de paciência.

Depois da conquista do Baianão, no último domingo, Paiva afirmou que é um profissional paciente e que não acredita em resultados sem trabalho.

“Sempre fui um treinador de processo e paciência. Não acredito de trabalho instantâneo no futebol. Se eu tivesse chegado no Palmeiras seria diferente. Aqui tivemos que fazer um trabalho do zero. Foram chegando jogadores aos poucos. No dia 11 de dezembro foi nosso primeiro treino. Se no dia 15 já tivéssemos o elenco fechado, aí não haveria alguns resultados, mas não foi assim. Há uma exigência muito grande com os profissionais do futebol. Uma exigência aos jogadores, treinadores e diretores”.

Ele fez também uma reflexão sobre a exigência com profissionais do futebol.

“Eu concordo com essa exigência. Mas quem faz essa exigência é também exigente assim no dia a dia? Se existisse isso não haveria agressões, seríamos melhores profissionais em nosso trabalho, respeitarmos os animais. Eu sou do tempo que no ônibus não era preciso ter uma marca para as pessoas idosas, para as grávidas. O mundo era muito melhor. Acho que todos devem ser um pouco mais exigentes com nós mesmos”.

Cobranças sobre o seu trabalho

“Jogam aqueles que entregam mais em treino, em jogo. Acho que sempre fui mal interpretado aqui. Meu pai foi preso pela ditadura em Portugal. Se meu pai imaginasse que eu era contra crítica, jamais olharia em minha cara. Me chamam de teimoso. Eu não posso, na questão da mudança do sistema tático, ser considerado teimoso por não fazer o que as pessoas acham que eu poderia fazer. Qual foi o momento para encontrar esse sistema? Quando tive esses jogadores. Não tinha o Kanu, Raul Gustavo…O Cicinho chegou depois, André foi para o Mundial. É uma comunidade no jogo e precisam se encontrar. A única que eu não posso aceitar é quando me insultam ou mal interpretam e manipulam as minhas palavras. Tenho respeito pela crítica”.

Calendário e formação do elenco no Bahia

“Nesse momento, quem não está a entregar aquilo que tem que entregar, não está jogando. Vinte jogos em Portugal é a primeira volta do Campeonato Português, que leva seis meses. E aqui as pessoas querem que o Bahia jogue bem sempre, que eu não faça rodízio, mas é humanamente impossível. A gente vai fazer eles crescerem aos poucos. A maior parte são jogadores jovens, que não eram titulares em seus clubes anteriores. A gente precisava dos jogadores experientes, Yagos, Danieis, Caulys, Kanus, Thacianos. Por isso pedimos esses jogadores. O trabalho está sendo feito, e quem não responder, não vai jogar. Sou um profissional com 22 anos de carreira e este é meu quinto título nacional. Três na base do Benfica e dois em trabalhos longe de Portugal. Estou muito orgulhoso da minha história”.

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