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Paiva avalia atuação do Bahia e reação para conseguir a virada

Notícia
Entrevista
Publicada em 9 de fevereiro de 2023 às 08:27 por Victor de Freitas

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Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia

O Bahia saiu com o triunfo sobre o Bahia de Feira e confirmou a classificação antecipada no Estadual nesta última quarta-feira (8). Apesar do placar de 2 a 1, em casa, a partida passou longe de ser tranquila para o Tricolor de Aço.

Após sair perdendo no primeiro tempo, o Bahia fez um primeiro tempo abaixo da média e não conseguiu assustar o adversário. A reação veio na etapa final, com gols de Everaldo – o segundo em penalidade convertida somente aos 45 minutos.

Em entrevista pós-jogo, o técnico Renato Paiva falou sobre como viu a partida e admitiu que o primeiro tempo do time tricolor lhe fez ficar nervoso durante o intervalo.

O treinador citou os pontos negativos da atuação da sua equipe em campo e disse o que foi feito para conseguir a reação no segundo tempo.

“Muito simples: acalmá-los. Ao contrário do outro dia em Ilhéus, foi tudo muito isso. Tiveram que me acalmar. Hoje senti instabilidade emocional. E essa instabilidade aparece porque não jogamos bem. Essencialmente erros técnicos. Algumas questões posicionais contra uma organização defensiva mais baixa em que nós muitas vezes estávamos com quatro jogadores à frente do bloco. Falta gente no meio do bloco. E depois, tocávamos a bola, mas sem progressão. Se não atacar com bola, o Bahia não se mexe”.

Paiva afirmou também ter visto um Bahia com pressa para resolver as jogadas, o que acabava gerando imprecisão.

“As equipes, muitas vezes, baixam mais e esperam nossa equipe. Isso é um elogio à nossa equipe. Temos que encontrar antídotos para isso. Hoje, na primeira parte, não conseguimos encontrar antídotos, a não ser uma bola parada. E isso destruiu uma equipe totalmente em questões emocionais. Quisemos fazer tudo com pressa e mal. Podemos jogar com pressa e bem. A partir daí, o jogo quase acabou. Estava suplicando pelo intervalo para corrigir questões táticas”.

Segundo tempo do Bahia

Passado o primeiro tempo ruim, Paiva realizou alterações na equipe e lançou um time completamente ofensivo. Vitor Jacaré virou lateral-direito e Mugni foi o primeiro volante.

“Se não fizer o bloco mexer, não vamos progredir. Calma, critério, tranquilidade. Abrimos mais a equipe com as alterações que fizemos. A partir daí, a equipe começou a jogar. Agora disse a eles que é a terceira vez que a equipe se recupera de desvantagem, o que demonstra personalidade, caráter, ambição, e é isso o que eu quero. Fomos atrás do prejuízo e fizemos uma muito boa segunda parte, em função do contexto que estava na nossa frente”.

Saída de Diego Rosa e opção por Jacaré e não Borel na lateral

“Não tem relação com o rendimento e o trabalho de Borel. Tem relação com o que o jogo pedia. A mesma coisa com o Diego Rosa. Era o jogador mais defensivo no meio de campo, e, como eu estava pendendo, precisei tirar ele para me fazer ser mais ofensivo. Nenhum jogador gosta de sair aos 30 minutos, mas os jogadores precisam se sacrificar pela equipe. E ele não reclamou. Foi ótimo no comportamento. Fazer alterações é o meu trabalho. Vou errar e também vou acertar. Espero acertar mais vezes que errar. Agora, me omitir, isso ninguém vai ver. Se tiver que ir para casa arrependido, vou arrependido do que fiz. Nunca do que não fiz”.

Mudanças táticas dentro do jogo

“Se a bola é do meu time, é preciso entender os espaços que posso ocupar. Se eu não tenho a bola, tenho que saber onde ficar para dar linhas de passe, tenho que atacar profundidade. Se eu explicar isso aos meus jogadores, que se chama tomada de decisão e é a coisa mais importante do futebol, podemos jogar em qualquer formação. Dentro do mesmo jogo podemos passar de um 4-3-3 para um 4-4-2, ou 4-5-1. Se eles perceberem isso, a tomada de decisão vai ser natural. Hoje os nossos jogadores não perceberam os espaços. Nós construímos com três ou quatro jogadores atrás do bloco, quando era preciso atacar espaços para gerar novos espaços para outros jogadores. O jogador precisa perceber o jogo”.

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