Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia
O Bahia ficou no 1 a 1 com o Vasco em uma partida na qual abriu o placar no primeiro tempo e levou o empate na segunda etapa.
Com o jogo marcado por tempos distintos, o Esquadrão dominou a etapa inicial e em alguns momentos foi dominado pelo time vascaíno durante os 45 minutos finais, o que resultou no tropeço – e em quase uma derrota.
Em sua entrevista coletiva, o treinador Renato Paiva falou sobre o primeiro tempo do Bahia com ressalvas. Ele destaca a superioridade tricolor na posse de bola e no volume de jogo, mas cita como falha principal os erros no último passe.
“É uma primeira parte outra vez de grande qualidade, onde nós não conseguimos em muitas das nossas situações de criação materializar em finalização. O último passe está nos custando.
“Trabalhando bem a bola até a área, mas o cruzamento não entra onde deve entrar, bate nos zagueiros, e, portanto, essa definição nos corta muito o jogo porque não temos finalizações. Conseguimos o gol”.
Paiva revelou ter se surpreendido com a postura defensiva do Vasco no primeiro tempo e pelas mudanças na etapa final.
“Em muitos momentos, por causa da nossa forma de jogar, o Vasco se defendeu em 20 metros com nove jogadores de linha, e só ficava Vegetti na frente. E jogar contra uma equipe que não dá espaço nenhum só se dá para jogar por fora, insistindo em cruzamentos, mas é a forma que encontramos para jogar ali. O Vasco hoje foi defensivo demais para o que eu esperava, mas também foi defensivo demais pelo nosso volume de jogo, mas não conseguimos materializar em finalizações e isso custa”.
“Nós ganhando, há uma reação normal do Vasco, que é uma boa equipe e nós, de fato, baixamos (a linha) um bocadinho e sem bola, que foi o que nos custou. Nem foi a questão defensiva, foi que tínhamos a bola e logo perdíamos. Não conseguimos perceber o Vasco, que fez alterações, mudou a forma de jogar, com um losango no meio e dois atacantes. Para mim o maior pecado não foi defensivo, foi defender sem ter a bola”
Erros na saída de bola têm custado pontos? Paiva diz que não!
“Não me lembro de gols sofridos com erros na saída de bola. Contra o Botafogo, o segundo gol é um pontapé para frente, sem nexo, em que a gente perde a bola e o adversário faz o gol. Um pontapé para frente é aleatório. É arriscado sair curto? É, mas temos muitas saídas em que a equipe consegue se desdobrar e até chegar com vantagem ao último terço do adversário. Vejo dessa forma. E não lembro de muitos gols em que nossa saída tenha comprometido. Não estou com essa memória nesse momento. Temos perdas de bola, mas também vamos valorizar quando conseguimos sair com perigo. O jogo cada vez mais está “pressionante”. Quem consegue sair jogando tem suas vantagens”.
Erros do Bahia e necessidade de correção nos treinos
“Trabalhar exatamente naquilo que vem sendo os pecados da equipe, que são as finalizações sem fazer gol e o último passe que não vira finalização. Se eu fosse buscar um número de lances em que chegamos à área adversária e a bola não entra, é um número exagerado. Temos que trabalhar em cima disso, na decisão, no posicional, na ocupação na área. Entendo que o torcedor esperava a vitória, e têm sido importantes para nós, e hoje cometemos um erro, um pênalti em um jogo que o Vasco foi melhor na segunda parte, teve sua reação, e nós não jogamos sozinhos. É um Vasco diferente do primeiro turno, com contratações, com outro treinador, mais agressivo. Mas no primeiro tempo de hoje não teve Vasco, só que nós não conseguimos materializar essa superioridade”.
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