O Bahia somou mais um jogo sem vencer no Brasileirão, ao empatar em 2 a 2 com o Cruzeiro neste sábado (10). Após a partida, o técnico Renato Paiva falou com a imprensa e avaliou o desempenho da sua equipe em campo.
Na análise do treinador, a partida foi marcada por equilíbrio e por momentos de domínio alternados entre os times, mas também com dificuldades físicas por parte do Bahia.
“O Bahia entrou muito bem no jogo. (O jogo) É equilibrado, dividido. Entra muito bem, no momento em que está melhor faz o gol e no momento em que também está melhor, sofre o primeiro gol. Reage e depois com erros defensivos sofre o segundo gol. Estou de acordo (com falhas defensivas no jogo). Há uma reação da equipe, que começa a segunda parte melhor, e é verdade que depois cai fisicamente e tecnicamente”.
Segundo Paiva, o fato de o Bahia ter chegado ao fim do jogo desgastado fisicamente se dá por terem atletas que estavam atuando pouco em jogos anteriores.
“Mas a explicação é simples. Temos jogadores que não jogavam há algum tempo. Kayky, Arthur, Ryan, Cicinho, são jogadores que não estavam jogando, e quando o treinador fazia rodízio era super criticado. Mas com o treino só não chega, tem que ganhar forma jogando. E de fato, nós fizemos o último grande rodízio, que foi contra o Santos, depois fomos fazendo de forma pontual, por decisão minha ou por necessidade, mas não há milagres. Os jogadores quando jogam, se entregam. Kayky saiu porque se esgotou fisicamente. Arthur entrou e depois de 15 minutos estava sem ar. É normal. São jogadores sem ritmo, que não estavam jogando”.
“É um jogo equilibrado, o Cruzeiro estava melhor em alguns momentos e nós em outros. Acabamos esgotados, mas começamos bem”.
Lesões do elenco
Para a partida contra o Cruzeiro, a comissão técnica tricolor não pôde contar com oito atletas em função de problemas físicos. Paiva também falou sobre os motivos e afirmou que o mesmo ocorre em outros times.
“A questão das lesões em uma parte tem a ver com isso, com a questão da rotatividade. Hoje tínhamos Rezende e Ryan em alarme (de possível lesão). Não gosto de olhar para os outros, mas a onda de lesões em outras equipes é igual ou maior que a nossa. Por que? Porque é o calendário que temos e olha que não estamos na Libertadores ou Sul-americana. Nós estamos trabalhando sempre como trabalhamos. Para mim, a equipe tem um desgaste de alguns jogadores, como Rezende e Ryan, e outros que jogam menos e não aguentam uma partida inteira. Kayky só com continuidade vai ganhar. Se fosse só um problema do Bahia, eu estaria muito preocupado. Mas isso é em quase todas as equipes. Portanto, temos que continuar gerindo essa situação e continuar trabalhando”.
Ademir, Chávez, Biel, Jacaré, Yago, Matheus Bahia, Raul Gustavo e Marcos Victor não foram opções por questões físicas.
Trabalho para alternar esquema tático
Com o time exposto mesmo atuando com três zagueiros, e sem conseguir prevalecer ofensivamente, a torcida tem cobrado a troca de esquema tático.
O técnico afirmou que tem, sim, trabalhando para tentar voltar a jogar com dois zagueiros, o que resultaria em uma opção a mais no ataque, mas que as lesões estão dificultando esse processo.
“Trabalhar. Entre o sistema de três zagueiros e o de 4-3-3, que estamos tentando acelerar o processo de fixar, mas que não temos condições, ainda por cima com essas lesões todas atrapalhando mais”.
Apesar da afirmação, ele entende que o Bahia não esteve exposto contra o Cruzeiro, apesar das falhas táticas e individuais dos três zagueiros.
“A verdade é que nós, outra vez, antes do gol do Cruzeiro, não havíamos concedido tanto. Eu digo que o hoje foi dividido. Na primeira parte, abrimos um bloco entre a linha média e defensiva que o Cruzeiro aproveitou, algo que não tinha ocorrido nos últimos jogos. O primeiro gol é uma bola longa, a torcida não desliza, há um espaço entre os zagueiros, uma bola nas costas, e estávamos desatentos”.
“É trabalhar, não vejo outra hipótese, e percebendo condições de ir alternando o sistema entre 3-4-3 e 4-3-3. Obviamente que na primeira parte estivemos muito bem. Fizemos um jogo compacto, dividido. Na minha opinião, ao fim da primeira parte estivemos melhor. E Cruzeiro quando estava ganhando era muito confortável nas transições e nós, ao jogarmos em 4-3-3, e criando o fluxo atrás do resultado, obviamente que fomos mais para transições e a segunda parte foi mais isto, tirando os últimos minutos quando a equipe já conseguia sair só em contra-ataques e o Cruzeiro em cima”.
O Bahia terá um longo período para trabalhar antes do próximo jogo, que está marcado para 21 de junho, contra o Palmeiras, novamente em casa.
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