Fonte: Rafael Machaddo / EC Bahia
O Bahia não só perdeu, como foi humilhado pelo Sport, em Recife, nesta última quarta (22). Após a derrota por 6 a 0, o técnico Renato Paiva tentou, ao menos, explicar o resultado sofrido em entrevista coletiva.
Para o treinador tricolor, a partida foi marcada por um time que soube se adaptar ao campo de jogo e tomou conta.
“Jogo fácil de explicar. Uma equipe que se adaptou de imediato ao estado do terreno, jogou com bolas longas e superou nosso meio de campo. E outra equipe que quis jogar como se joga, apesar dos avisos, dentro do terreno, que é impossível jogar desta forma e fomos trazendo a pressão do adversário para cima de nós. Não conseguimos jogar com bolas longas. Mas os jogadores têm que perceber, e foi alertado antes e depois do aquecimento, que as condições não estavam favoráveis ao nosso jogo. O Sport adaptou-se melhor ao terreno e começou a tomar conta do jogo”.
Ele diz que a expulsão aos 15 minutos dificultou ainda mais, mas que não foi o fator decisivo para levar seis gols. O técnico também afirmou ter visto uma equipe descontrolada em campo.
“Depois, aos 15 minutos, em situação de coisa que não se deve fazer e não se treina. Mas temos que estar preparados para os erros de jovens. E a partir da expulsão o adversário começou a jogar no nosso erro. E depois, segunda situação, outro erro, e o pênalti, e a partir daí a equipe se desencontrou e nunca mais se acertou. O adversário tomou conta do jogo, com qualidade e experiência, fez três gols de bola parada, dois de bola jogada. Num jogo onde nós nunca estivemos, pois a expulsão condicionou bastante, mas que não sirva de desculpa, antes da expulsão não estávamos bem no jogo. Claro, obviamente, não posso dizer que algo está certo quando perco de 6 a 0. A expulsão não justifica o volume do resultado“.
Mudanças na equipe
“Equipe técnica trabalha num contexto que não é fácil, que é novo, em construção, equipe muito jovem e inexperiente e que está a fazer seu caminho. Erros que fazem parte no crescimento. Depois, tiramos Everaldo para jogar com mais mobilidade com Biel, jogador rápido, procurar o espaço. E mesmo assim, nós mantemos a bola no chão ao invés de buscar o espaço como nós tínhamos pedido. Queríamos mobilidade com o Kayky e Biel, exatamente para procurar o espaço, não conseguimos, somamos erros. Chegamos com alguma qualidade na primeira parte, mas na segunda parte piorou. Tinha que tirar jogadores que tinham amarelo. A partir daí as opções foram essas, Diego Rosa para concentrar mais o meio em nível defensivo, o Mugni igual, mas chega a um determinando momento que se percebe que a equipe está perdida, que não consegue responder, a partir daí é tentar tranquilizar ao máximo possível e esperar que o jogo acabe”.
Pressão da torcida
“Não funciono de fora para dentro. Funciono com as minhas convicções, minhas ideias e com as ideias da estrutura. O torcedor reage às vitórias ou às derrotas. O torcedor hoje crucifica o Ryan, mas já disse que era o melhor. Sentimos as derrotas, analisamos, sentimos o que passou, mas não vou crucificar em função da opinião. Quando ganha é muito bom, quando perde é muito bom. Peço desculpas, mas isso para mim não conta. O torcedor tem direito a tudo. Pedem volantões, hoje o Miqueias jogou de volantão como joga o Rezende porque sentimos que era importante estancar uma zona por causa do Vagner Love e do Jorginho, que flutuam ali. E o Miqueias treinou muitas vezes assim. O Cauly foi sua estreia, o torcedor não está habituado. Não vou entrar nesse espiral, esse não é o nosso trabalho”.
comentários
Aviso: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do ecbahia.com.
É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral, os bons costumes ou direitos de terceiros.
O ecbahia.com poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios
impostos neste aviso ou que estejam fora do tema proposto.