Paiva sai satisfeito com atuação do Bahia apesar de empate

Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia

O Bahia amargou um empate em 2 a 2 com o Ferroviário, neste sábado (4), pela segunda rodada do Nordestão.

Após sair em desvantagem, o Esquadrão virou com gols de bola parada, mas perdeu oportunidades para matar o jogo e levou um empate nos acréscimos.

Em entrevista pós-jogo, o técnico Renato Paiva afirmou ter saído satisfeito com o desempenho da sua equipe com a bola no pé. Para ele, houve criação e finalizações suficientes para parabenizar o time – apesar de ressaltar que há trabalho a fazer no quesito colocar a bola na rede.

“Dar os parabéns aos meus jogadores. Fizeram um com momentos, não 100% em termos de continuidade, mas com momentos muito interessantes, do nosso jogo. Criamos enormes chances de finalizações. Hoje tivemos o último passe, a finalização, mas não tivemos um gol em bola corrida, curiosamente somente de bola parada. É um problema que penaliza as equipes de futebol, porque tu jogas para marcar gols”.

Paiva tem batido na tecla que ficaria insatisfeito se a sua equipe não criasse oportunidades para marcar gols. Ele, inclusive, diz que ficaria mais preocupado caso a atuação fosse semelhante a que foi contra o Barcelona.

“Continuo a dizer que ficaria mais preocupado se tivéssemos feito cinco ou seis jogos igual ao anterior contra o Barcelona de Ilhéus. Estou menos preocupado porque o empate e as derrotas que tivemos não foram jogando mal, foram jogando bem e criando. Depois, a questão de que o adversário nos penaliza quase toda vez que chega ao nosso gol. Ressalvo inclusive o segundo gol a forma como o rebote e para na frente do jogador. São detalhes que nos penalizam, mas não é um jogo ruim. São 90 minutos em que em alguns momentos tivemos momentos muito brilhantes”.

Gol sofrido em contra-ataque nos acréscimos

O empate do Ferroviário aconteceu depois dos 46 minutos do segundo tempo, em um lance com superioridade numérica defensiva do Bahia. Mesmo com dois atacantes a menos em relação aos defensores tricolores, o time cearense conseguiu levar vantagem, também contando com a sorte, e fez o gol.

Apesar do gol sofrido, Paiva também afirmou que não fica preocupado, porque não teria visto desequilíbrio defensivo em sua equipe no gol sofrido.

“Nós sofremos um contra-ataque e tínhamos sete jogadores contra cinco. Não estávamos sequer desequilibrados. Ganhamos uma bola no meio pela pressão, continuamos pressionando, uma bola foi isolada, interceptada e vai para a nossa defesa, com sete contra cinco. Estaria eu aqui mais chateado se estivéssemos desequilibrados, mas não estávamos”.

Busca por confiança e continuar jogando ofensivamente

“Vamos continuar trabalhando, desenvolver os jogadores e ganhar confiança no momento da finalização. Vamos continuar nesse estilo ofensivo que queremos e o volume defensivo, porque defensivamente em termos gerais estivemos bem, e só permitimos que o adversário finalizasse duas ou três vezes. É uma equipe jovem, que às vezes quer atacar muito depressa no primeiro tempo, quase como basquetebol, e explicar, como foi na segunda parte, que o jogo precisa ter paciência e algum critério”.

Sete gols sofridos em oito jogos

“As equipes que são mais protagonistas e propõem mais, estão expostas a isso (sofrer mais gols). Nós tínhamos de bola corrida um gol sofrido em casa, depois gols de bolas parada. Em dinâmica ofensiva dos adversários, não temos gols sofridos. Efetivamente, hoje foram duas situações de contra-ataque. Hoje são jogadores que são batidos e se põem em situação de inferioridade numérica. Mas isso acontece com equipes que querem criar”.