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Prates vê Bahia criativo e cita emocional como fator de dificuldade

Notícia
Entrevista
Publicada em 21 de março de 2021 às 19:18 por Victor de Freitas

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Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia

O Bahia decepcionou pela quinta vez em seis rodadas do Campeonato Baiano de 2021. Com apenas um triunfo na competição, o time tricolor empatou com o Fluminense de Feira, fora de casa, e ampliou a má fase no Estadual.

Técnico responsável por toda a preparação e treinamento do time de transição desde janeiro, Cláudio Prates avaliou o desempenho de seus jogadores na partida disputada no Joia da Princesa, em entrevista coletiva.

Na opinião do treinador, o fator emocional é um dos motivos que fazem com que o time de transição continue estagnado em maus resultados.

“A gente cobra muito isso internamente (evolução). No próprio jogo do Ba-Vi, criamos bastante oportunidade e não conseguimos concretizar. As desculpas podem ser as mesmas, mas a questão emocional dos atletas. São jogadores de 19 anos com potencial e que sentem um pouco. Hoje, a gente conseguiu fazer um gol com quatro minutos e sentiu quando sofreu o empate. Não mantemos o mesmo rendimento. Faz parte da equipe de transição e vamos procurar melhorar”, disse o técnico.

Para ele, a prova de que o emocional atrapalhou o time contra o Fluminense é o fato de a equipe ter se desestabilizado após levar o empate.

“Quem consegue um gol com quatro minutos tem a obrigação de manter. E mantivemos até tomar o gol. Um bom controle, um bom volume, principalmente em termos de posse de bola, circulamos bola com a nossa saída de três. Infelizmente, no momento em que sofremos o gol, realmente abalou um pouquinho a equipe, desorganizou um pouquinho”.

Time criativo?

Na coletiva, o ecbahia.com perguntou ao técnico sobre os lançamentos longos excessivos ao longo da partida e quanto à falta de criatividade que a equipe tem demonstrado no campeonato. Afinal, só marcou um gol nos últimos quator jogos.

Na resposta, Prates afirmou discordar que o time não tem sido criativo.

“A questão dos lançamentos não é só pelo lançamento errado, e, sim, pelo vento aqui de Feira. No primeiro tempo, a gente jogou a favor do vento, e estava forçando uns lançamentos que, com certeza, não iam encaixar. Aqui só contra o vento a gente pode fazer algumas coisas. A (falta de) criatividade eu já discordo um pouquinho, porque a gente estava conseguindo circular a bola, trocar corredor. E exatamente não podia fazer esse lançamento a favor do vento. Essa é a questão”.

Trabalho com time de transição

Cláudio Prates também falou sobre o trabalho com a equipe de transição, no qual ele afirma que tem por objetivo dar rodagem aos jogadores, mas também ressalta a necessidade de vencer os jogos.

“Não é nem arrumar o time. A questão da transição nos permite que use algumas variações, alguns atletas. Hoje eu precisava colocar o Borel para jogar um pouco, ele entrou, é um jogador que a gente acredita no potencial. Algumas mudanças são para dar minutagem e rodagem aos atletas, sem dúvidas. O que a gente gostaria, vai tentar e tenta ainda é os resultados virem, isso é óbvio. A gente fica muito chateado, eu sou muito crítico a todo o meu trabalho e da equipe exatamente por isso. É importante dar minutagem, dar rodagem, mas também conquistar os resultados”.

Para o treinador, os erros no ataque também são motivos para os maus resultados.

“A gente tem que transferir o que fez de volume, no segundo tempo do Ba-Vi e no primeiro tempo de hoje, mas não está conseguindo transferir isso em gols”.

Erros de conclusão de jogadas

Cláudio Prates também lamentou que o time tenha tido dificuldades para concluir as ‘jogadas de criatividade’.

– A gente está tentando fazer o máximo possível para que estes atletas rendam. Hoje a equipe jogou com três, o Caio por trás, e seis homens enfiados na última linha. Então mais ofensivo que isso é realmente impossível. A gente está pecando um pouquinho neste último terço, nessas jogadas de criatividade. No último passe e na conclusão. Tivemos outras chances boas e com boas movimentações ofensivas. A semana toda, batemos nisso

Prates pede crédito aos meninos

“E a gente precisa ainda dar esse crédito a esses meninos, que, acredito que, no momento em que equilibrarem um pouquinho emocionalmente, trabalharem um pouquinho mais a bola, eles conseguirão fazer o que a gente está pedindo”.

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