Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia
Renato Paiva foi o técnico escolhido pelo Grupo City para iniciar o projeto no mês de dezembro de 2022. De contrato assinado até o fim de 2024, o treinador demonstra tranquilidade para realizar seu trabalho, o qual afirma que não é moldado para curto prazo.
Após afirmar que entende o Bahia em evolução, apesar dos sete jogos sem vencer, Paiva falou à TV Bahia sobre a pressão por resultados no Brasileirão.
Ele culpa quem colocou as expectativas no alto, já que desde sua chegada afirmava que o trabalho inicial seria com foco na permanência na elite.
“O problema disso é quando existem pessoas que geram expectativas irreais. E quando elas não se confirmam, porque são irreais, ou são difíceis de atingir, alguém tem que pagar essa fatura. E paga o treinador, paga o diretor esportivo, pagam os jogadores. Nunca paga quem gera essa expectativa”.
Quanto às críticas recebidas e cobrança por resultados, o treinador português afirma que trabalha para ser avaliado por ‘pessoas capacitadas’.
“Quem tem que avaliar o meu trabalho é o Grupo City, pessoas capacitadas para avaliar o trabalho do treinador, são as pessoas que estão no dia a dia. O trabalho do treinador avalia-se na performance coletiva e no desempenho individual dos jogadores”.
“Não é a curto prazo, pode ser de médio a longo. Essa é a perspectiva de quem manda, porque agora quem manda são eles”.
Paiva vê também uma cultura de cobrança sob o ponto de vista emocional por parte dos torcedores brasileiros.
“A torcida tem uma perspectiva emocional e cultural no Brasil. Se está mal, deve-se intervir para corrigir. Somos todos uns conformistas. Exemplos de continuidade são Luís Castro e eu, dois portugueses. Para não ser nacionalista, olha o exemplo de Vojvoda. É um grande exemplo de continuidade, ano passado chegou a ficar na zona de rebaixamento e olha onde está hoje. É a torcida que tem razão? Às vezes, não estou dizendo que a torcida não tem razão. A continuidade é uma coisa que baliza o City, o trabalho diário. Mas o torcedor não analisa isso, é passional. É um trabalho de médio a longo prazo, porque é tudo novo”.
Elenco novo
“Vou dizer isso centenas de vezes: se eu viesse ao Brasil treinar o Palmeiras, eu não ia pedir o mesmo tempo, porque o elenco está feito. Eles já têm suas ideias. Aqui é tudo novo, são 20 jogadores novos de todos os lugares do mundo”.
Precisando voltar a vencer para não entrar no Z-4, o Bahia recebe o Cruzeiro neste sábado (10), na Fonte Nova.
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