Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia
Após perda de Douglas Augusto durante a pausa na temporada, o técnico Roger Machado segue buscando alternativas para definir sua nova escalação titular. Inicialmente, Eric Ramires foi o escolhido como substituto, mas novas opções podem ser testadas nos próximos jogos.
Com críticas feitas pela torcida quanto ao desempenho de Ramires nos últimos jogos, o técnico tricolor avaliou o momento vivido pelo jovem camisa 10 e explicou a formatação tática do meio-campo do Bahia.
“Se entende que Ramires é volante nessa formação? Ele é um jogador que todos entendem, ou entendiam, que atua mais à frente. Independente da formatação, o que a gente tem que levar em conta é o posicionamento quando a gente tem a bola para atacar. No futebol brasileiro, avaliamos o jogador pelo número da camisa. Isso é um problema muito grave. Atrapalhou quando liberou para usar números diferentes. Hoje se vê em qualquer lugar do campo um camisa 10, se acha que tem que fazer papel de meia, fazer jogada plástica, de habilidade. A gente não entende o futebol no contexto coletivo. O camisa 10 não é imprescindível. O Santos, que lidera o Campeonato Brasileiro, não tem esse jogador. Os articuladores do Santos são, muitas vezes, os laterais, com características de bom trato com a bola em fase ofensiva. Os questionamentos são válidos, mas questiono a forma simplificada que se discutem essas questões”, disse o treinador.
Em meio a jogos sem vencer e questionamentos sobre o time, Roger também diz estar buscando maneiras de ajustar o que não tem dado certo nas últimas partidas, como por exemplo a tentativa de utilizar Lucca da esquerda para o centro do campo em alguns momentos das partidas.
“Estamos procurando ajustes. Lucca pelo lado do campo traz esse trato de bola de fora para dentro, atuando não só como ponta, mas também como jogador de meio-campo. Agora, procuro alternativas para a gente ter esse equilíbrio. Não é o fato de jogar com três volantes que considero essa questão ofensiva ou defensiva. Depende da característica dos jogadores para essas funções”, completou.
João Pedro como meia
Lateral-direito de origem, João Pedro ganhou destaque em 2017 ao atuar em diversas posições com a camisa da Chapecoense, tanto como ponta, mas também como uma peça do meio-campo.
Roger Machado garante conhecer a versatilidade que o jogador de 22 anos pode dar ao time e projeta testá-lo em uma posição central do meio-campo.
“O João, eu acompanho há bastante tempo seu desenvolvimento. Principalmente quando ele se destacou na Chapecoense e foi transferido para o Bahia. É um jogador polivalente. Na conversa que tive com ele, a gente manifestou a ideia da facilidade que ele tem para jogar de lateral, na linha de frente, por dentro, como jogou várias vezes na carreira. Uma das motivações da contratação do João foi justamente a versatilidade que ele tem a oferecer para o coletivo. Hoje estamos fechando a contratação, com a janela de transferência internacional que se encerra. Para sair também, isso dá mais tranquilidade para poder trabalhar sem o receio de perder alguém. Com a saída de Douglas Augusto, procuramos um jogador que o pudesse substituir. João Pedro pode ser uma alternativa dessa função. Gosto da característica dele por dentro. Ele também entendeu como positiva essa alternância e a possibilidade de atuar em dois setores”, disse.
O Bahia enfrentará o Flamengo às 16h deste domingo (04), na Arena Fonte Nova.
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