Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia
Enfim, acabou a seca de triunfos do Bahia. Neste domingo (1º), o time tricolor visitou e bateu o CSA por 2 a 1. Depois da partida, o técnico Roger Machado avaliou a atuação de seus jogadores e projetou o futuro da equipe nas últimas duas rodadas da Série A.
Em sua avaliação sobre a partida contra o CSA, Roger destacou a felicidade pela quebra do jejum em uma partida com contornos de emoção após a expulsão de Ronaldo.
“Importante triunfo hoje. A gente sabe da importância que era deixar para trás esse momento de instabilidade, que durou mais do que gostaríamos. Temos um jogo, parte dele muito bom. Depois mudamos a estratégia. Mas quisera que o fim dessa má fase terminasse dessa forma. Com um a menos. Importante vencer. Sabe como é difícil no Bahia. Acho que foi a melhor forma de deixar para trás esse momento ruim”, falou o treinador tricolor.
Alívio por voltar a vencer
Após encerrar a maior sequência de jogos sem vencer desde que iniciou a carreira de técnico, Roger ressalta orgulho por ter conseguido manter a serenidade e passar equilíbrio para os jogadores.
“Até que ponto a gente sai gritando. Melhor deixar para quando estiver no chuveiro. Exorcizar momento ruim. Foi a maior sequência da minha carreira como treinador, e o que eu me orgulho deste momento é de ter sempre serenidade. Tentar avaliar sempre nos momentos mais difíceis, ter equilíbrio, poder passar confiança para o jogador, analisar de forma centrada, sem perder razão. Momento em que, por vezes, é muito fácil você transferir responsabilidade para os demais, sem entender qual a sua responsabilidade no processo”.
Busca pela melhor campanha
Atualmente em 11º lugar, o Bahia luta para terminar o Brasileirão entre os dez melhores e com uma pontuação acima de 50 pontos, que consequentemente faria com que esta seja a melhor campanha do Esquadrão nos pontos corridos.
“Matematicamente, sim (tem chance de chegar à Libertadores). Precisamos fazer a nossa parte e torcer para que os resultados paralelos aconteçam. Hoje atingimos a mesma pontuação do ano passado. Podemos fazer ainda seis pontos, confirmando a vaga na Sul-Americana e podendo sonhar com essa pequena chance de Libertadores. Mas, acima de tudo, terminar com a melhor campanha da história do clube, em pontuação e colocação. Importante deixar para trás esse momento ruim”
Atuação no segundo tempo
Uma das orientações que dei aos atletas foi que a gente não imaginasse que o adversário estava entregue. Torcida mostrou apoio e gente sabia que o CSA viria para o tudo ou nada. No segundo tempo, houve maior volume do CSA, aliado a contra-ataques e bolas que não conseguíamos encaixar e permitíamos que eles retomassem rápido. Isso vai dando confiança, ânimo e tirando a confiança no nosso jogo. O CSA, de bola parada, empatou. Depois, tivemos um jogador expulso. Dois tempos distintos. Não foram dois tempos completos nossos. Mas, naturalmente pelo panorama, não poderia imaginar que fosse diferente
Opção por três volantes
“Uma das avaliações que a gente buscou neste momento foi que nós construímos um time em cima da caraterística forte, principalmente em casa e contra adversários que estavam nos dando a bola, estávamos com dificuldade para criar. Aí tentamos promover uma alteração sensível, na característica dos jogadores de meio. Muitas vezes, foram respondidas. Uma delas, não. Ideia de retornar novamente àquela formação que nos deu sustentação e nos permitiu chegar até esse momento. Foi a ideia, associada ao adversário, que ainda tinha chances na competição, ia querer jogar, ia nos dar espaço, e a gente retomar bolas e contra-atacar, como fizemos na maior parte do campeonato”.
Pontos perdidos em sequência negativa
“A gente sente. Tenho dito. Isso são avaliações. Como perdemos os pontos? Foram erros coletivos? Individuais? Sentimos pressão? Jogamos bem ou mal? Aí vai dando feedbacks e ferramentas para poder avaliar e saber onde precisamos evoluir coletiva e individualmente. Se olharmos para trás, vamos ver que deixamos muitos pontos que poderiam ser muito úteis. Mas estes pontos que deixamos tiveram motivo. Não podemos achar que foi acaso. Foram acontecimentos que precisamos avaliar para que, no próximo momento, não façamos novamente e não percamos oportunidades importantes como a que deixamos escapar pelas nossas mãos”.
O Bahia voltará a campo na próxima quinta-feira (05), às 19h15. O adversário será o Vasco, na Fonte Nova.
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