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Roger confirma mudança tática e explica opção por três volantes

Notícia
Entrevista
Publicada em 17 de maio de 2019 às 16:16 por Victor de Freitas

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Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia

Neste final de semana, o Bahia vai entrar em campo pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro, diante do São Paulo. Para a partida no Morumbi, o técnico Roger Machado promove mudanças táticas em busca dos primeiros pontos como visitante na competição.

Com dois triunfos em casa e duas derrotas longe de Salvador no início do Brasileirão, Roger Machado tem treinado uma escalação com três volantes. Em entrevista coletiva no Fazendão, o comandante tricolor confirmou a mudança tática na equipe e explicou os motivos que lhe fizeram chegar a esta decisão.

O técnico descarta que uma escalação com três meio-campistas de marcação seja uma “retranca”, mas sim uma forma de controlar o meio-campo e evitar que as mesmas falhas dos últimos jogos fora de casa sejam repetidas.

“A gente precisa diferenciar o que é posição, característica e função. É fundamental ter isso na cabeça. Quando se propõe abrir três jogadores com forte capacidade de receber e recuperar a bola no meio-campo, é para tentar ter controle de meio-campo maior. Nos jogos fora de casa não conseguimos ter. Para ter ideia em números, nosso controle de meio é 140%, 150%. Isso significa que se dividir o campo em três zonas, cada bola que perco nessa zona, recupero uma bola e meia. Nos jogos fora de casa temos controle inferior a isso. Contra o Botafogo, quando sofremos os três gols, a gente perdeu mais bola do que recuperou na região. Contra o Atlhetico foi menos de 100%. Não dominamos aquela zona”, disse o treinador.

“Quando se coloca jogadores com capacidade de recupera a bola nesse setor, é para ter maior controle. Mas precisamos saber que temos três volantes com capacidade de jogo, bom passe, e dois jogadores abertos pelo lado que expõe o time adversário a velocidade nas suas costas. Não é mudança de sistema. Com Eric Ramires jogamos com essa função por dentro contra o Athletico. Diante dessa necessidade de ter maior controle, testo essa opção”, acrescentou.

Com Gregore, Elton e Douglas Augusto na composição do meio-campo, Roger libera Artur e Élber nas pontas em um esquema de 4-3-3.

“Gosto de usar o 4-3-3. Ter três jogadores de meio, um deles que cubra linha, que faça parte dos dois jogadores de meio fazendo um tripé e permita ter entrada no campo adversário com mais jogadores. Prefiro o 4-3-3 ao 4-1-4-1. Para mim é o que se assemelha ao que faremos em campo”.

Fernandão ou Gilberto?

Em quatro jogos disputados na Série A, os artilheiros do time no ano ainda não marcaram. Para a partida de domingo, o treinador faz “mistério” quanto ao centroavante que será titular.

“As diferenças de características de Fernandão e Gilberto são bem palpáveis. Fernandão é um jogador mais de área, que atua mais entre os zagueiros e tem capacidade de fazer pivô, o que dá tempo para o time sair de trás e preencher a área, quando pegamos time muito fechado e que se defende com muitos jogadores, temos a chance de criar jogadas pelos lados para acessar a área lateralmente, isso jogando dentro de casa muitas vezes. Fora de casa, como foi contra o Athletico, que eles iriam nos pressionar dentro de nosso campo, tem a alternativa de tentar construir apoiado lá de trás, mas sabendo que o adversário vai pressionar, você ter a capacidade de romper a linha pelo chão ou pelo alto, com pivô para reter a bola ou dar uma casquinha. A gente se vale dessa característica de jogo do Fernandão, pode ser em casa ou fora. Depende do que o adversário propõe. Gilberto é mais móvel. No jogo contra o Avaí, ele saiu jogando, era necessário, como o Avaí jogava com linha de cinco, ter pequenas diagonais nas costas dos zagueiros. Ele tem essa característica. Mobilidade para sair da área, não ser só o finalizador, mas auxiliar na construção da jogada. O gol do Artur ele municiou ao jogar pelo lado. Isso gera a diferença pela escolha de um ou outro como titular. Feliz o treinador que tem esses jogadores com essas características se esse faro de gol”.

Correção de erros em semana de treinos

“O que eu bati bastante nesse princípio não foi nem a compactação da frente para trás, dos meus pontas, do meu meia, do meu centroavante. É que em alguns momentos a gente sofreu a compactação do ataque. Quando me proponho a ter cinco jogadores a frente da bola para chegar ao gol adversário, muitas vezes não consigo organizar isso de forma eficiente. E quando a bola é retomada, minha primeira linha estava distante desse bloco. E isso expõe os zagueiros a uma dificuldade e um terreno muito grande para correr para trás. Então, no primeiro momento, foi para compactar no ataque. Da mesma forma que cobro dos atacantes que compactem para trás, para deixar o time curto, dar pouco espaço ao adversário, preciso compactar no sentido contrário quando estou no ataque. Ou vou expor meus jogadores de defesa, que vão ter que defender contra jogadores mais rápidos”.

O Bahia vai encarar o São Paulo às 11h deste domingo (19).

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