Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia
O Bahia venceu o Avaí por 1 a 0 em partida válida pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro, alcançando a quinta posição ao final deste domingo (05). Após o segundo triunfo tricolor na competição, o técnico Roger Machado analisou o desempenho de seus jogadores na Fonte Nova.
Em sua análise sobre a partida disputada nesta noite, Roger se mostrou satisfeito com o controle de jogo que o time tricolor conseguiu exercer diante da equipe avaiana, destacando que o placar poderia ter sido mais largo.
“O placar foi magro, mas a atuação foi gordinha. Eu acho que a gente conseguiu controlar bem o adversário. No primeiro tempo, entrando para o campo do adversário, não permitindo que saísse jogando, controlando a bola longa com ganho de primeira e segunda bola. Importante ter compactação no sentido do ataque, para que nossos zagueiros não ficassem muito expostos nas jogadas de transição deles. O volume de jogo e a forma como a gente construiu nossas oportunidades de gols foram exatamente da forma como a gente traçou a estratégia do jogo. Nós teríamos algumas oportunidades em função de a linha do Avaí ter três zagueiros, mesmo que muitas vezes fechava com quatro e não com cinco. Oportunidade de criar pequenas profundidades como criamos algumas vezes, com construção apoiada, toques rápidos, inversão de corredor. No primeiro tempo, poderíamos ter saído com placar mais confortável no jogo, diante do sistema defensivo que, até ali tomou poucos gols”, avaliou.
Chances perdidas
Roger Machado também entende que o placar só não foi elástico por conta da atuação do goleiro Vladimir, autor de importantes defesas, especialmente em chute de Gilberto no fim do jogo.
Apesar de ter concluído apenas uma oportunidade em gol, o técnico tricolor ressaltar estar satisfeito com o volume de chances criadas.
“O que posso falar é que bom que a gente está na cara do goleiro. Em alguns momentos, o goleiro faz milagre. O que eu vou falar do chute do Gilberto aos 45, que o goleiro fez milagre e conseguiu salvar o gol? Ou o próprio chute do Gilberto que passou raspando na trave? Que bom que estamos criando. Talvez a gente estivesse conversando aqui sobre a nossa incapacidade de chegar no goleiro. São pequenos ajustes. Fiz questão de salientar o jogo do Gilberto internamente, porque centroavante é assim. Uma hora, goleiro vai defender. Outra vez a trave vai salvar. Em outra, a bola entra e todo mundo comemora”, disse o treinador.
Atuação de Eric Ramires
“Hoje ele fez uma bela partida novamente. Alternando, num primeiro tempo, muita flutuação pelo meio. Ao final, trocando de lado com Artur, foi nessa troca que a gente conseguiu o gol, quando Ramires foi pelo meio esquerdo e Artur abriu na ponta direita. Pelo centro, no segundo tempo, ele continuou nos ajudando. Em algum momento, a gente perdeu um pouco da circulação de bola, porque ficava no 4-2-4 em fase de construção, Ramires se colocava do lado do Gilberto e a gente perdia nosso terceiro homem de meio para fazer a bola circular. Vejo Ramires subindo de produção a cada jogo. Não é pelo fato de tirar o jogador que ele está mal na partida. Tem substituição tática, para restabelecer um setor e mudar a característica do setor. Vejo Ramires em ascensão, como muitos que fizeram uma grande partida, como Paulinho, que controlou muito bem o setor, deu contribuição ofensiva. Gilberto, na opção de entrar por ele na partida fez as diagonais que fez, como foi orientado, se esforçou e podia ter sido premiado com o gol. Quando o coletivo vai bem, as individualidades aparecem”.
Entrada de Elton no lugar de Artur
“A opção pelo volante, foi porque os meus volantes estavam desgastados. A gente estava perdendo o controle de meio nos minutos finais do jogo, em que a gente costuma controlar. O controle do meio de campo foi baixo, porque Gregore e Douglas estavam perdendo a combatividade em função do cansaço. A gente tinha apenas uma substituição a fazer, e fiz a opção pelo Elton, para voltar a ter controle de meio e transitar como a gente transitou. Quase ampliamos o placar, quase fizemos o segundo gol em uma ou duas escapadas em transição com o adversário em posse de bola e recuperando rápido e contra-atacando quando podia. Foi um grande resultado, um grande jogo. Gostaria de salientar a presença do torcedor em uma noite de domingo. E fazer um pedido também, porque, em algum momento, quando o jogo estava 1 a 0, no final, os torcedores, imaginando que a gente deveria botar mais um atacante para matar a partida… A gente tem que saber entender que, muitas vezes, vamos sofrer o jogo, porque não vai controlar o tempo todo. A trocas táticas são de leitura da beira do campo. Quando o adversário tem o controle emocional ou técnico ou tático, é o momento em que a torcida tem que entrar em campo para fazer com que o adversário se sinta pressionado também pela arquibancada, que vai fazer toda a diferença no Campeonato Brasileiro”.
Necessidade de evoluir jogadas de bola aérea
“Não digo que o sinal foi dado hoje, porque o adversário tinha uma defesa alta, vários jogadores com mais de 1,90m ou acima disso. É difícil trabalhar nessa condição de adversidade. Tenho no meu time, meus dois zagueiros são muito altos e bons na bola aérea. O Moisés também, tem 1,83m. Douglas tem acima de 1,80m. Mas sofrer na bola aérea, o jogador alcançar a bola não significa ter ganho, como teve uma delas, a última bola do jogo, que o Douglas conseguiu intervir. Sempre necessário evoluir. Evoluir, a intenção de ter a semana aberta para poder trabalhar, ajustar posicionamento, entrada, timing das subidas com o adversário. Encostar no corpo. Hoje, com o VAR, é muito difícil ver agarra-agarra na área. Em função do VAR, isso vai diminuir, então as bolas aéreas vão aumentar, porque, em outros momentos, você tinha a marcação corpo a corpo, e uma intensidade na disputa por espaço que, muitas vezes, era para ser pênalti e não se via. Hoje vai ser notado. Até isso nosso jogador tem que se acostumar. Acessar a bola no alto não é ganhar. Porque você acessa ela, coloca na disputa muitas vezes, e como foi contra o Botafogo, não foi bola direto para o gol. Foi bola e segunda bola, que entrou na área e a gente não estava atento. Treinando e corrigindo, executando muito, para minimizar o possível problema que possa ter no futuro”.
O Bahia terá uma semana livre para treinar visando o próximo compromisso do Brasileirão, marcado para acontecer às 19h do próximo domingo (12), contra o Athletico, na Arena da Baixada.
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