Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia
O Bahia conquistou um importante triunfo por 2 a 0 sobre o Botafogo, na noite desta quarta-feira (25) e voltou a colar nos primeiros colocados do Brasileirão.
Apenas um ponto atrás do G-6, o técnico Roger Machado avaliou o desempenho de seus jogadores no triunfo sobre o time botafoguense, citando também as dificuldades encontradas e os melhores momentos da equipe.
“A gente teve um pouco de dificuldade de novo no começo do jogo, entre a flutuação do Diego Souza, que estava às costas do nosso tripé, não estávamos encontrando um ponto para marcar, Diego estava flutuando, acionou uma bola muito rápida, estava municiando jogadores pela beirada. A gente tentou ajustar a marcação, principalmente na saída do Guerra, que estava pressionando o zagueiro e não precisava, podia deixar Gilberto fazer essa função. A gente ajustou”, avaliou Roger.
“O que a gente vinha tentando encontrar e buscando equilíbrio era no posicionamento para o Guerra no sistema. O que a gente tinha conversado é que, em alguns momentos, por tentar encontrar o melhor posicionamento, falei que ele estava procurando espaço, mas muitas vezes se deslocava e o espaço estava ocupado, ele ia na contramão do jogo. Dividimos o campo em dois. Do lado esquerdo, a função dele é ser articulador, trocando de posição com Élber; do lado direito, que ele permitisse que Flavio entrasse dentro do campo e, quando chegava no final do campo pelo lado direito, fosse mais meia-atacante, para ter presença de área. Funcionou bem. Organizamos muitas jogadas pela esquerda com ele articulando. Pela direita, ele também entrou bastante na área. O caminho que conseguimos é o casamento das funções”, acrescentou.
Atuação dos pontas
Roger também fez questão de elogiar nominalmente os pontas Élber e Artur, que marcaram os gols e que foram os responsáveis diretos pela maior parte das jogadas de ataque do Bahia.
“Élber atuando muito bem, premiado com gol. Artur, que a gente vinha cobrando muito, dos nossos dois jogadores de beirada… Por vezes, a jogada estava se definindo e meu ponta estava lá esperando a bola de inversão em amplitude completa do outro lado. A bola chegava em posicionamento na linha de fundo, para cruzamento, e ele estava longe. Hoje eles estavam próximos. Mostrou que orientações foram absorvidas. Gostei do respeito que tivemos pelo adversário, que estava inferiorizado numericamente. Não abrimos mão de atacar e buscar o terceiro gol, que podia ter saído”.
Satisfeito com o resultado
“Acho que nós produzimos bem, tornamos o jogo bom para o nosso lado. O adversário teve um jogador expulso, mas o mérito da nossa equipe foi uma partida sólida. É a décima partida que a gente não é vazado. E o triunfo mostrou a consistência do nosso jogo, mesmo o adversário tendo um jogador a menos, a gente soube respeitar, ter paciência, rodar a bola. Mas nunca abrir mão de atacar. Podia ser mais? Talvez. Mas tenho certeza de que o torcedor ficou feliz com o resultado”.
Elogios a Moisés, Artur e Élber
“Na coletiva de semana, eu havia falado que parte da responsabilidade do atleta é dos companheiros e do treinador. O treinador, com as orientações; o atleta com a sua virtude; e os colegas, por usar essa virtude. Hoje o Moisés teve essa virtude usada. Atacar em profundidade com força e velocidade lançada. Foi acionado e contribuiu como o que entende de melhor. Assim vai ajustando. O trabalho é de tranquilizar o atleta, reposicionar, mostrar vídeo, dividir o conteúdo de análise, para que ele possa ter a oportunidade de se manifestar e falar das suas dificuldades no contexto coletivo. Hoje a gente usou muito as beiradas, que foi o que faltou no jogo do Fortaleza, fazer o 2 para 1 no corredor lateral, Élber vindo para cima do marcador, o lateral não sabe se vai no meio ou se aciona o companheiro. Com o corredor aberto, o lateral pode passar com força, como foi no gol de Artur e na jogada de profundidade de Artur pelo lado esquerdo, daquele gol do Élber. Trabalho de formiguinha. A gente não acerta tudo num único jogo. É uma construção jogo a jogo. Mas foi um trabalho importante de consciência dos atletas”.
Derrota fora e triunfo em casa
“Essa troca de pontos com as equipes que estão brigando conosco é, de certa forma, natural. Você vencer em casa e o adversário, dentro da sua casa, tem sua superioridade. Uma das variáveis mais relevantes entre a vitória e a derrota é o mando de campo. 60% dos jogos são vencidos pelos mandantes. Outros pontos contra equipes que têm outros objetivos, a gente tem que buscar não desperdiçar oportunidade de vencer, porque vai fazer diferença na posição na tabela. Daqui para o final do segundo turno, vai ter muito jogo parecido com esse. Todo ponto que a gente conseguir vencer em casa um adversário forte, depois empatar, empatar fora, nós deixamos um pretendente à posição junto com a gente para trás e subimos na tabela”.
O Bahia voltará a jogar somente na segunda-feira (30), contra o Avaí, fora de casa.
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