Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia
O Bahia sofreu uma derrota por 4 a 3, diante do Goiás, e viu seu sonho de alcançar uma vaga na Libertadores como um objetivo praticamente impossível de ser alcançado. Após a partida, o técnico Roger Machado avaliou o desempenho de seus jogadores ao longo dos 90 minutos.
Para a partida deste domingo, o técnico tricolor apostou em uma formação tática mais ofensiva, com Lucca atuando como meia-atacante, além dos habituais três atacantes. No entanto, a tentativa de “sufocar” o Goiás não deu certo. Pelo contrário, foram dois gols sofridos em um primeiro tempo para esquecer.
“Fato de a gente entrar com formação mais ofensiva, em função do momento em que estamos e a possibilidade de alcançar pelo menos uma vaga na Pré-Libertadores, uma vaga, motivou a gente a fazer um time mais leve, mais ofensivo. Em função disso, se não consegue encaixar o ponto da marcação e empurrar o adversário para o campo dele, a tendência é ficar mais exposto. Naturalmente. Pelo modelo e característica dos jogadores. Foram 15 minutos que precisamos esquecer e refletir para que não aconteça mais. Você jogar fora, no domínio adversário, com 15 minutos de jogo… Desde 2017 não tomávamos quatro gols, nós nuca tomamos dois gols em espaço tão curto de tempo, ainda mais no primeiro tempo. Isso tira a força do time para reagir, e mesmo assim nos mantivemos na partida”, disse o treinador.
Roger também afirmou ter visto um melhor desempenho do time no segundo tempo. Porém, citou também que o time goiano tem méritos por ter conseguido encaixar contra-ataques que renderam em gols.
“Diminuímos o placar no segundo tempo, tivemos a oportunidade de empatar, o adversário foi feliz nos contra-ataques, naturalmente a gente abriu um pouco mais. Importante era ter a bola para não sofrer o contra-ataque. Entrou muito questões de erros de passe, tomada de decisão equivocada, que não permitiram reagir na partida para buscar o empate. É esquecer esses quinze minutos e focar no que foi bom depois disso”, acrescentou.
Recuperar o desempenho coletivo do time
“Tenho dito para os atletas que nos nossos melhores momentos precisamos ter todos os jogadores atuando em alto nível. O que tem acontecido nesse momento extremamente instável é que por vezes quatro ou cinco atuam em bom nível, mas os outros não acompanham. Para ter bons resultados, preciso de pelo menos oito atuando bem. Oito carregam três. Mais do que isso fica pesado, desgastante. Tenho dito isso aos atletas, para recuperar o melhor jogo. Coletivamente, a gente só vai conseguir vencer e voltar a atuar bem, como foi contra Palmeiras, no primeiro tempo contra o Cruzeiro, quando individualmente a gente estiver em bom momento. Nesses últimos jogos estamos cometendo erros simples, erros de posicionamento e erros técnicos, que oferecem ao adversário a chance de chegar ao nosso gol e definir contra nossa meta, o que tem acontecido várias vezes nesses jogos”.
Análise dos gols do jogo
“Gol de cruzamento e retorno para a área, equívoco da saída de bola nossa. Ideia era ter uma equipe mais ofensiva, mudando o sistema. Nesse primeiro momento não surtiu efeito. A partir da metade do primeiro tempo mudamos um pouco posicionamento com as mesmas peças e tivemos mais controle de jogo, mas não o suficiente para conseguir uma melhor sorte. Depois, com a mudança no intervalo, um jogador mais técnico, para circular a bola com mais qualidade. Conseguimos o gol em jogada de profundidade, depois, mesmo assim, proporcionamos ao adversário a chance de sair na frente. Poucos momentos conseguimos descontar o placar com a oportunidade de voltar para a partida. O gol de falta deu dois gols de vantagem. Primeiro tempo de 15 a 20 minutos ruins, depois equilíbrio maior, mas que não deu oportunidade de empatar a partida”.
Busca por equilíbrio defensivo e ofensivo
“Quando faz uma escalação mais ofensiva, naturalmente a tendência é você conseguir fazer mais gols. Então, a intenção era justamente essa. O que, talvez, nos tirou a oportunidade foram os quinze minutos iniciais. A gente tem que trabalhar para que isso não aconteça. Quero os três gols a favor. Três gols fora de casa não tínhamos feito, quatro gols fora de casa não tínhamos levado. Temos que buscar o equilíbrio”.
O Bahia voltará a campo na quarta-feira, às 21h. O adversário tricolor será o Atlético Mineiro, com o jogo marcado para ser disputado na Arena Fonte Nova.
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