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Roger fala sobre atuação tricolor e defende jogadores de críticas

Notícia
Entrevista
Publicada em 15 de setembro de 2019 às 19:27 por Victor de Freitas

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Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia

O Bahia não conseguiu o triunfo que lhe colocaria no G-6 já neste domingo. Diante do Fortaleza, o Esquadrão de Aço saiu atrás no marcador, empatou o jogo pouco tempo depois, mas falhou nas tentativas de virar o jogo.

Em sua entrevista coletiva pós-jogo, o técnico Roger Machado avaliou a atuação do Bahia no confronto entre equipes nordestinas, pontuou as dificuldades impostas pelo time adversário.

“Foi um jogo em que o Fortaleza veio com uma formação muito parecida com os jogos anteriores, que a gente havia visto. Abrindo quase um 4-2-4, priorizando chamar a gente para dentro do seu campo, usando a superioridade do seu goleiro, que lida bem com os pés, fazendo com que o Osvaldo flutuasse às costas do nosso tripé de volantes, principalmente no meio, saindo de cima do zagueiro para o lado direito. E, nas transições ofensivas, muitas vezes com quatro jogadores, como foi o lance do gol. Não encontramos o ponto de marcação nesse momento. Não usamos a força da transição do Fortaleza a nosso favor. Para que você consiga neutralizar um time que, muitas vezes, deixava três ou quatro jogadores à frente da linha da bola para contra-atacar, seria importante que a gente usasse as ultrapassagens dos laterais, as profundidades de dentro para fora, justamente para que forçasse esse elo forte das beiradas, chegar até a linha de fundo, acompanhado, ou, se não acompanhar a gente conseguisse fazer o dois contra um lateral. A gente forçou essa bola sempre para dentro, fazendo com que o Fortaleza roubasse a bola pelo centro e contra-atacasse como foi o lance do gol, numa bela transição. No primeiro tempo, fiz o ajuste na beira do campo, como pude. No segundo tempo, coloquei o Élber para ter mais profundidade pelo lado, desfiz nosso tripé de meio, colocando lado a lado Gregore, para que o Fortaleza não conseguisse usar o espaço. A gente voltou para o jogo, mais foi uma partida disputada”, avaliou.

Frustração pelo resultado

“Fico frustrado com o resultado dentro de casa, gostaríamos de vencer, mas conquistamos um ponto importante numa atuação em que o adversário foi superior em alguns momentos. A gente foi superior em outros, mas com um jogo de poucas oportunidades para ambos os lados. A gente não achou que seria jogo fácil jamais. Porque o Fortaleza já demonstrou, fora de casa, sua força, assim como a gente em muitos momentos”, disse.

Críticas da torcida a Moisés

Um dos jogadores mais criticados pela torcida nos últimos jogos, Moisés teve mais uma atuação vaiada por torcedores ao longo do jogo. Roger fez questão de defender o lateral-esquerdo.

“Moisés, no último jogo, fez um grande jogo. Hoje, coletivamente, não fomos bem. Quando você não vai bem no coletivo, alguns jogadores que precisam de mais apoio, de combinação de jogadas para conseguir fazer o melhor jogo, acabam sofrendo mais. O que posso dizer é que ele tem boa capacidade defensivamente. Em alguns momentos, precisa compreender quais são as suas fragilidades. Quando ele se expõe num jogo interno, em que não é sua virtude, a chance de o erro acontecer é maior. Eu me aproximo muito do Moisés, porque eu também tinha a virtude da jogada de força, a passagem lateral para o cruzamento. Mas tinha dificuldade no jogo interno. Tenho que ser inteligente e não propiciar, no campo, movimentos que me coloquem numa situação em que não tenho característica forte. Eu sempre tive a passagem de corredor mais forte, Moisés também. Mas não dá para individualizar, porque o torcedor acredita ter razão. Já mencionei. Não quero tirar a razão do torcedor, mas a vaia do torcedor para o nosso jogador é a mesma coisa que meu pai e minha mãe, na arquibancada, vaiando o filho e esperando que ele faça melhor. Ele vai se abater. Gostaria que fosse diferente, mas respeito a manifestação do torcedor”.

Lucca e Guerra também são alvos de críticas

“Nós estamos falando agora do Lucca, mas ele esteve presente na sequência de nove jogos invicto. Não é só uma equipe de transição em velocidade que eu opto. Quero equilíbrio, e ele me dá equilíbrio, porque não posso ter duas pontas sempre jogando em transição, toda vez que ponta pega, corre para o marcador. Preciso, muitas vezes, de um meia ponta, que joga do lado e para essa bola para que consiga sair de transição mais tranquilo, colocar mais gente à frente da linha da bola. A grande característica do Lucca é essa, dar equilíbrio entre o lado que corre e o lado que pensa mais o jogo. Não posso viver de transições. Tenho que buscar o equilíbrio. O que faltou hoje foi a parte das jogadas em profundidade, ultrapassagem”.

“Nós estamos falando agora do Lucca, mas ele esteve presente na sequência de nove jogos invicto. Não é só uma equipe de transição em velocidade que eu opto. Quero equilíbrio, e ele me dá equilíbrio, porque não posso ter duas pontas sempre jogando em transição, toda vez que ponta pega, corre para o marcador. Preciso, muitas vezes, de um meia ponta, que joga do lado e para essa bola para que consiga sair de transição mais tranquilo, colocar mais gente à frente da linha da bola. A grande característica do Lucca é essa, dar equilíbrio entre o lado que corre e o lado que pensa mais o jogo. Não posso viver de transições. Tenho que buscar o equilíbrio. O que faltou hoje foi a parte das jogadas em profundidade, ultrapassagem”.

Substituições

“Eu promovi, desfiz o tripé do meio de campo, para que a gente não sofresse com o jogo interno do Fortaleza, que procura muito esse jogo. No primeiro momento coloquei Élber, que faz mais o corredor, diferente do Lucca. Depois, Arthur Caíke para que a gente saísse com a linha de três e disputasse as laterais e pudesse ter jogadas de lateral. O Fernandão junto com Gilberto e Arthur do lado para cruzar a bola e para que a gente pudesse ter disputa de primeira e segunda, cruzamento para os dois jogadores, junto com Arthur, com presença de área. Fiz muitas laterais, que colocaram a gente sempre vivo na partida e, de modo geral, com a defesa controlada. Não dá para fazer muito diferente, porque, mesmo tendo a possibilidade sair com um ponto de campo, jogando em casa, não podemos nos expor mais, correndo risco de não conquistar nem um ponto”.

Defesa

“Até agora, isso foi nosso 11º jogo, 10 gols, a maioria em transição, como hoje. Em bola parada também sofremos. Uma transição bem feita do adversário, que denota que, com organização, dificilmente a gente sofre risco jogando em casa ou fora, em função da organização e da disciplina dos jogadores, que estão entendendo o que têm que fazer em cada momento do jogo. Belo fim de turno. A bem da verdade, nosso primeiro turno acabou no jogo passado. Da forma como dividimos os blocos de jogo, estamos entrando no quarto bloco de seis jogos. Então nosso turno teria acabado na rodada passada. De toda forma, o primeiro turno do campeonato foi uma pontuação digna das atuações que tivemos. Nem sempre vamos conciliar resultado e rendimento, o ideal é esse. Hoje foi um descolamento de resultado e rendimento, que a gente procura melhorar para ajustar para o próximo compromisso fora de casa”.

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