Marcelo Sant’Ana é um dos cinco candidatos à presidência da associação Esporte Clube Bahia, em eleição marcada para o próximo dia 2 de dezembro.
Presidente tricolor entre 2015 e 2017, Sant’Ana retorna a uma disputa eleitoral no clube em meio à disputa pela cadeira de gestor da associação para o próximo triênio em uma situação bem diferente de quando presidiu o clube, com a SAF no comando do futebol.
O tema “SAF”, inclusive, é um dos que mais repercute quando se fala sobre a candidatura de Marcelo Sant’Ana, que assumidamente votou contra a proposta enviada do Grupo City e afirma que, apesar de ser favorável ao projeto, não teve acesso ao contrato e por isso votou na opção ‘não’.
“Nesse cenário atual, o Bahia precisa se reinventar enquanto instituição, saber como se posicionar. Eu sou favorável ao contrato da SAF. Na ocasião da assinatura, eu votei contra porque não tive acesso ao contato”, falou ao programa BN na Bola, da Salvador FM.
“Como ex-presidente, eu julgava que seria uma irresponsabilidade minha, tendo visto uma série de contratos que vi no Bahia, assinar um documento sem ler, mesmo valorizando os pareceres que foram emitidos pelo Conselho Fiscal, pelo Conselho Deliberativo e por uma auditoria externa. Agora, o Bahia tem esse papel de ser o fiscalizador deste contrato, de ser um facilitador com outras instituições do City. Assim como a gente teve o trabalho de refundar o Bahia, agora o trabalho é de posicionamento, de transparência, de como o sócio pode participar dessa nova fase”.
Ainda sobre o tema, ele destaca a importância de valorizar os 10% da associação na Sociedade Anônima do Futebol tricolor.
“Um time de futebol tem 11 jogadores, cada jogador vale 9%. Jogar com um a menos faz diferença? Se você não abre de 9%, por que você vai abrir mão de 10%? O potencial que o City tem de desenvolver a marca, quanto esses 10% vai representar daqui a 10, 20 anos? Durante esse processo eleitoral, a imprensa vai ter um papel fundamental de ser um multiplicador do papel da Associação. O Bahia não assina documento do futebol, é o City que contrata funcionários, mas o Bahia tem a possibilidade de compartilhar as suas ideias no Conselho de Administração, de ser o elo do Grupo City com o sentimento tricolor”.
Sant’Ana é mais um dos candidatos a citar como como necessária a inserção do Bahia em outros esportes além do futebol, agora por meio da associação.
“Claro que agora nesse novo contexto, tendo alguém como o City, com a personalidade de administrar o futebol, você tem a possibilidade do Bahia se posicionar como um clube olímpico e social, ajudando a desenvolver o esporte em Salvador. Eu conheço a realidade do esporte olímpico/amador e não é fácil. Não falta talento para o baiano, falta cultura e investimento. O Bahia pode ser um dos motores para o desenvolvimento dessas atividades. Esse é o papel que o Bahia pode fazer com 10%”.
O candidato também promete trabalhar no engajamento dos sócios.
“Primeiramente, temos que melhorar a comunicação. Precisamos melhorar essa aproximação, criar produtos onde o benefício de ser sócio seja prioritário, independente da SAF. Você pode criar um trabalho em diversas frentes. Você pode criar, por exemplo, um Circuito Bahia de Corrida de Rua, uma prova no primeiro semestre em Pituaçu, no segundo semestre na Fonte Nova. Na linha de produtos, você pode lançar uma coleção outono/inverno e primavera/verão. É um trabalho de longo a médio prazo”.
Marcelo Sant’Ana concorre com Emerson Ferretti, Jailson Baraúna, Leonardo Martinez e Marcus Verhine à presidência tricolor.
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