Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia
Neste final de semana, o Bahia entrará em campo para disputar o primeiro jogo contra o Vitória em 2019. Com toda a expectativa que sempre paira em véspera de clássico, o técnico Enderson Moreira falou sobre suas expectativas para o jogo de domingo (03), na Arena Fonte Nova.
Com um elenco repleto de atletas remanescentes de 2018 e com mais de uma dezena de reforços para 2019, o Bahia é considerado como favorito para o clássico diante de um rival que está em formação com time quase inteiramente mudado em relação ao rebaixamento do ano passado.
Para o técnico Enderson Moreira, o favoritismo precisa ser deixado de lado em clássicos. O comandante tricolor fez suas projeções para o duelo de domingo, afirmou que espera por dificuldades na partida e pediu concentração para seus jogadores.
“É o tipo de coisa que a gente responde sempre. Não existe favoritismo em clássico. A equipe deles ainda não perdeu, está invicta. Tem um grande treinador, tenho o maior respeito por ele. Mescla jogadores jovens com experientes. Estão reformulando o elenco. Mudaram muito. Quando você percebe que está em caminho equivocado, é oportunidade de ir para um caminho contrário. Acho que estão fazendo isso. Não existe de forma alguma (favoritismo). Estamos com um time novo também. A base foi mantida, mas temos muitos jogadores novos chegando. Não existe. Não é porque estou falando que é politicamente correto. É que realmente não existe. É um jogo especial. Tem vários confrontos que a equipe estava bem, a outra não estava tão bem assim. Foi assim no meu primeiro Ba-Vi ano passado. Tínhamos acabado de empatar com a Chapecoense, eles estavam na nossa frente no campeonato, tiveram a semana inteira para trabalhar, a gente foi para o Rio, jogou na segunda-feira, quinta-feira em Chapecó, chegamos para a concentração, jogadores arrebentados, e o placar foi favorável para a gente. Não existe regra, não tem isso. O que existe é um jogo extremamente importante, em que temos que ter inteligência, muita concentração”, disse o técnico.
Enderson também falou sobre como espera que a partida se desenhe taticamente, por ter conhecimento do trabalho do técnico rival de domingo.
“A gente tem um conhecimento bom. Não acredito nessa questão de “nó tático”. Tem momentos que a equipe pode ter superioridade em cima de alguns conceitos, algumas ideias. Enfrentei Marcelo algumas vezes. Sei basicamente o que ele pensa de futebol. Ele monta equipes difíceis de ser batidas. A gente tem uma ideia, eles tiveram um tempo maior de preparação. Estreamos dia 16 com nosso time principal, eles demoraram um pouco mais, fizeram uma pré-temporada melhor em termos de tempo. Se prepararam mais. Nós já fomos para a atividade. Eles conseguiram com esses dois jogos com o sub-23, fazer uma preparação melhor. Eles têm u calendário mais enxuto, não tem Sul-Americana, a gente já tem na próxima semana. Algumas coisas são positivas do lado deles, e temos que avaliar. A gente já tem algumas informações, mas o que vai acontecer é muito difícil. Tem que estar atento para fazer um encaixe no início da partida”, analisou Enderson.
Sem pressão por derrota na última quarta-feira
“Se nós tivéssemos ganho na quarta-feira, poderíamos não ganhar o Ba-Vi? Se fizer o contrário, se a gente tivesse ganho, teria alívio? Tem que ganhar, meu caro. Ba-Vi, independentemente do que está acontecendo, aconteceu, do que pode acontecer, tem que vencer. Poderíamos estar vindo de 11 triunfos consecutivos, podia ser um jogo que não representasse absolutamente nada na competição, é um jogo que a gente não quer perder de maneira nenhuma. Não tem pressão a mais ou a menos. É a pressão do Ba-Vi, que será sempre Ba-Vi”.
Mais um Ba-Vi com torcida única
“É um certificado, na minha concepção, da nossa incompetência total, e falo em termos de segurança, de que somos incapazes de ir e vir com tranquilidade. Não é só no futebol, acontece a todo instante. Em qualquer lugar, estamos sempre sujeitos a não voltar para casa. Somos mais reféns de ficar em casa, principalmente em algumas regiões. Não temos mais a possibilidade de uma coisa que era linda, o duelo de uma torcida cantar e a outra responder mais alto, fazer uma música, um movimento, rodar camisa. Perdemos isso, infelizmente. Costumo falar que se pudesse selecionar um representante do Brasil, para mim seria o baiano, expressa o que é ser brasileiro. O entusiasmo, o molejo, a alegria para fazer festa com quase nada, resquício de alguma coisa já comemora, acha que é importante. Fico mais triste quando isso (torcida única) acontece nesse estado. Não conhecia e me encanta pela cidade, por tudo, e principalmente pelo povo. Acho o baiano espetacular. E tenho que falar da nossa torcida. Vou falar que é perto da oitava maravilha do mundo. Já tem a oitava? Então seria a nona. É fantástico. Só quem está aqui desse lado pode talvez ter uma noção do que é que é”.
Bahia e Vitória vão se enfrentar às 17h, no horário de Salvador, deste domingo.
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