Fonte: Reprodução / Folha de S. Paulo
A segunda conquista nacional do Bahia está completando três décadas. Na terça-feira (19), a partida de volta da final do Brasileirão de 88 vai completar 30 anos, com homenagens feitas pelo clube, torcida, além da imprensa local e até nacional.
Neste domingo (17), um dos maiores jornais do país, a Folha de S. Paulo, publicou com destaque uma reportagem para relembrar e destacar o feito conquistado pelo Esquadrão de Aço, o último troféu de Campeonato Brasileiro levantado por um time nordestino, até então.
Leia a reportagem completa da Folha
O texto conta com curiosidades e detalhes contados pelos próprios ex-jogadores e heróis da conquista de 88.
Macumba deixada no vestiário do Beira-Rio
O lateral Paulo Robson e o goleiro Ronaldo falaram, com bom humor, sobre uma macumba que alguém do Internacional havia feito e deixado no vestiário destinado ao Bahia no Beira-Rio.
“Todo mundo ficou curioso. Disseram que alguém havia feito um negócio, mas ninguém dizia o que era. Demorou tanto que a torcida do Internacional começou a chegar”, falou Paulo Robson.
“Era uma macumba estranha, para dizer a verdade. Tinha calabresa, picanha… Era mais um churrasco”, brincou Ronaldo.
Para “rebater” a macumba, o roupeiro foi responsável por encharcar o vestiário “benzer” os atletas com perfume de alfazema.
Salários atrasados
Em um campeonato marcado por uma conquista inesperada, o Bahia surpreendeu a todo o país mesmo com jogadores sem receber salários devidamente.
“Nós fomos campeões com salários atrasados. Nossa renda era basicamente as premiações por vitórias e classificações. Ficava sempre um jogador no banco de reservas com uma calculadora para ver quanto a gente ia receber de bicho no vestiário”, relembrou o meia Zé Carlos.
110 mil tricolores na Fonte Nova
Um dos grandes ídolos da história tricolor, o meia Bobô relembrou o sentimento do time na partida contra o Fluminense, na qual 110 mil tricolores vibraram com o triunfo por 2 a 1, que levou o time para a grande decisão.
“O jogo contra o Fluminense foi uma coisa assustadora. Eu nunca havia visto um estádio daquele jeito. Era um mar de gente”.
“O momento que a gente acreditou no título foi naquela partida contra o Fluminense. A gente viu aquela massa na arquibancada e foi um momento mágico”, disse Paulo Robson.
Final
Técnico responsável pelo time na conquista da Segunda Estrela, Evaristo de Macedo afirmou não ter se importado com a “macumba” do Internacional (“sou mais o Nosso Senhor do Bonfim”, disse ele antes da partida).
“Nós jogamos com o nervosismo do Inter. Com o passar do tempo, eles foram ficando mais e mais apavorados. Tanto que nos 15 minutos finais, as melhores chances foram nossas”, disse o treinador.
Os 30 anos da maior conquista de um clube nordestino vão virar livro e documentário que serão lançados ainda em 2019.
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