Neste 1º de janeiro de 2020, o Bahia completa 89 anos de história, com muitas alegrias, emoções e conquistas!
Fundado no primeiro dia do ano de 1931, o Esporte Clube Bahia coleciona títulos regionais e nacionais que dão orgulho ao povo baiano. Único clube do Estado a levantar troféus brasileiros, o Tricolor leva consigo uma multidão de apaixonados que aumenta a cada ano.
Em 2019, apesar de tropeços na reta final, foi um ano de afirmação dentro e fora do campo. Uma temporada com melhorias consideráveis nas áreas administrativa e financeira.
Campeão do fraco, mas importante Campeonato Baiano, o Esquadrão de Aço repetiu sua melhor campanha na Copa do Brasil e alcançou as quartas de finais.
Mas, a decepção ficou por conta da reta final da temporada. Mesmo flertando com a Libertadores, a equipe tricolor perdeu jogos seguidos no fim do ano e acabou a Série A no meio da tabela.
Entretanto, 2020 vem aí! E com o novo ano, há novas esperanças e expectativas de conquistas maiores na temporada que vem. Lutaremos todos juntos e cobraremos por um clube cada vez melhor, respeitando a história de triunfos.
“O Bahia não é um time, é uma religião”
Durante esses 89 anos, a tradição e o respeito no cenário nacional foram sendo conquistados com muito suor e vibração, dando ao Bahia uma torcida apaixonada – a maior do Nordeste e uma das maiores do Brasil.
Em 2007, fomos campeões brasileiros no quesito torcida: média de mais de 40 mil tricolores por jogo. Já em 2010, foram diversos jogos com lotação completa. Em 19 partidas do Brasileirão da Série B, colocamos uma média de 18.654 torcedores por jogo. Entre 2014 e 2016, o número de torcedores sofreu uma queda devido aos maus resultados.
Nos últimos três anos, no entanto, a média de público voltou a subir. Em 2019, foram mais de 26 mil tricolores em cada um dos jogos do Campeonato Brasileiro.
“Nascido para vencer”
Nesses 89 anos, muitos ídolos apareceram; desde Gia, passando por Marito, Roberto Rebouças, Sanfillipo, Douglas, Jésum, Bobô…
Logo em seu primeiro ano, o Tricolor, do mascote “Homem de Aço”, venceu o estadual e foi apelidado de “Nascido Para Vencer”. As décadas passavam e os títulos só faziam aumentar. Houve inúmeras partidas inesquecíveis, como o 5 a 0 sobre o Santa Cruz (em 1981), o empate heróico na final do Baianão de 1994 – 1 a 1 – diante do Vitória e o grande triunfo nos acréscimos contra o Fast Clube de Manaus em 2007.
Supremacia, isso é o que temos contra o nosso rival. Para se ter uma pequena noção, dos mais de 440 BA-Vis disputados, o Bahia tem uma vantagem de cerca de 45 jogos e 100 gols de saldo. Até de 10 a 1 o Tricolor já venceu. Incrível, como o heptacampeonato baiano.
De 1973 a 79 só deu Bahia, sendo que o único título estadual que não ganhamos na década de 70 foi em 1972.
A primeira grande glória do clube aconteceu em 59. “Bahia, primeiro Campeão Brasileiro de todos os tempos”, escreveu O Globo. Para felicidade da Nação Tricolor, a Confederação Brasileira de Futebol, em cerimônia realizada este ano, reconheceu oficialmente este título como Campeonato Brasileiro. Com este reconhecimento, nos credibilizamos e nos tornamos o primeiro clube Campeão Brasileiro de Futebol.
– Um título único, inédito, de importância sem igual. Uma odisséia fantástica de um time desacreditado no começo da jornada; vitorioso inconteste no templo do futebol, o Maracanã, contra o Santos de Pelé, maior time do mundo de todos os tempos.
* Consequentemente, o Esquadrão de Aço foi o primeiro a disputar a Taça Libertadores, competição na qual voltaria em outras duas oportunidades.
A outra conquista grandiosa foi em 1988, quando, pela segunda vez, nos tornamos campeões brasileiros. Sob o comando de Evaristo de Macedo, o Bahia empatou com o “favorito” Internacional, em pleno Beira-Rio, e conseguiu mais uma estrela para a camisa, no campeonato cujas finais ocorreram no começo de 89.
* Foi também ano do recorde de público da Fonte Nova, a casa do Bahia, quando recebeu 110.438 pagantes na semifinal que o Tricolor eliminou o Fluminense: 2 a 1.
** Depois da conquista, Carnaval na cidade. “Não era feriado nem dia santo, mas, naquele 22 de fevereiro, Salvador parou. Todo mundo sabe quando a festa começou, mas ninguém lembra quando ela acabou…”
Segundo Luís Fernando Veríssimo – colorado assumido – para o Jornal do Brasil, ” O Internacional perdeu para um time melhor. Ponto.” Enquanto isso, Juca Kfouri, da Revista Placar, escreveu: “O Bahia não é simplesmente o único clube nordestino campeão brasileiro. O Bahia agora tem um título que nem Corinthians, nem Santos, nem Botafogo, nem Cruzeiro possuem – para ficar apenas entre os maiores do nosso futebol, integrantes do Clube dos Treze. O Bahia não é um campeão qualquer. É o campeão. (…) Campeão porque nas fases finais fez tudo o que se exige de um time vencedor. E campeão porque talvez nenhuma outra legião de seguidores mereça há tanto tempo esse título. A nação tricolor fez da paixão pelo Bahia uma profissão de fé que transforma a Fonte Nova no templo mais carinhoso do futebol brasileiro…”
Bahia no caminho certo fora de quatro e rumo ao quarto ano na elite
Após a intervenção, o Bahia iniciou uma democracia, com o voto popular finalmente sendo o único fator preponderante para a escolha dos gestores do clube.
A retomada do prestígio do clube foi iniciada sob o comando do então presidente Marcelo Sant’Ana, aliado a nomes Pedro Henriques, Vitor Ferraz, Marcelo Barros, entre outros. O clube “entrou no eixo” administrativamente, buscando acabar com o desprestígio causado por dívidas antigas. Dentro de clube, recolocou e manteve o time na Série A, além de conquistar a posse da Cidade Tricolor e retomar o controle do Fazendão.
Guilherme Bellintani comanda o clube desde o início de 2018, novamente ao lado de nomes como Vitor Ferraz, agora vice-presidente, Pedro Henriques, hoje diretor executivo, e também com o diretor de futebol Diego Cerri – braço direito da diretoria executiva.
Fora de campo, o prestígio do Bahia foi devidamente retomado. Dívidas que antes afligiam torcedores, hoje estão controladas. Investimentos no futebol são cada vez maiores e mais frequentes, o que significa aquisições de jogadores com valores milionários e vendas mais justas.
Em campo, o cenário também é de melhora. Mesmo com a decepção pela perda da vaga na Libertadores, em 2019, o Bahia comemora o fato de ter chegado por dois anos seguidos às quartas de finais da Copa do Brasil e por passar longe de uma disputa contra o rebaixamento – fato que a torcida não quer nem mais citar nos dias de hoje. Ufa!
O que esperar em 2020?
A temporada de 2020 será mais um grande desafio para a gestão de Guilherme Bellintani e, desta vez, com mais pressão por parte dos torcedores. Lutar contra o rebaixamento não é mais objetivo! A nação deseja ver o Tricolor em posições mais altas, de onde nunca deveria ter saído.
Com cinco competições, o objetivo deve ser de levantar o maior número de troféus que forem possíveis, a começar por Estadual e Nordestão, competições nas quais o Esquadrão entra como favorito, por orçamento maior e por sua afirmação no cenário nacional.
Internacionalmente, a Sul-americana surge mais uma vez como um sonho para a nação. Será que desta vez o Esquadrão levantará um título continental?
A Copa do Brasil vem aí. Após dois anos entre os oito melhores, o Bahia dará um passo mais alto em 2020? E no Campeonato Brasileiro, até onde o Esquadrão poderá chegar?
As respostas só poderão ser respondidas no decorrer do ano. Mas as certezas são de que as expectativas são positivas e que o apoio da torcida será dado, como sempre!
Vamos fazer valer nosso hino:
“Mais um! Mais um, Bahia!
Mais um, mais um título de glória!
Mais um! Mais um, Bahia!
É assim que se resume a sua história!”
Parabéns, Esporte Clube Bahia, pelos seus 89 anos! BBMP!
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