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Vamos avante, Esquadrão! Bahia completa 91 anos de história

Notícia
História
Publicada em 1 de janeiro de 2022 às 02:46 por Victor de Freitas

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Fonte: ecbahia.com

Neste 1º de janeiro de 2022, o Bahia completa 91 anos de história, com uma história repleta de muitas alegrias, emoções e conquistas.

Fundado no primeiro dia do ano de 1931, o Esporte Clube Bahia coleciona títulos regionais e nacionais que dão orgulho ao povo baiano. Único clube do estado a levantar troféus brasileiros, o Tricolor leva consigo uma multidão de apaixonados que aumenta a cada ano.

2021 foi um ano que se iniciou de forma promissora, com a fuga do rebaixamento no Brasileiro de 2020, que deu esperança de que a temporada fosse melhor. Houve também conquista da Copa do Nordeste, que elevou os ânimos e aumentou as expectativas.

A partir do Campeonato Brasileiro, no entanto, o restante de ano foi melancólico para o Esquadrão de Aço, com uma campanha marcada por tropeços e marcas negativas alcançadas, que resultaram em um catastrófico rebaixamento para a segunda divisão nacional.

Entretanto, 2022 vem aí! E com o novo ano, há novas esperanças e expectativas de que o Esquadrão de Aço consiga se recuperar dentro de campo, sobretudo com a conquista do acesso à primeira divisão, e fora das quatro linhas, com uma gestão mais assertiva no departamento de futebol.

Para o novo ano que surge, desejamos conquistas do tamanho do Esporte Clube Bahia.

Lutaremos todos juntos pelo acesso à elite e cobraremos por uma gestão melhor, que respeite a história de triunfos do Esporte Clube Bahia.

“O Bahia não é um time, é uma religião”

Durante toda a sua história, a tradição e o respeito no cenário nacional foram sendo conquistados com muito suor e vibração, dando ao Bahia uma torcida apaixonada – a maior do Nordeste e uma das maiores do Brasil.

Em 2007, fomos campeões brasileiros no quesito torcida: média de mais de 40 mil tricolores por jogo. Já em 2010, foram diversos jogos com lotação completa. Em 19 partidas do Brasileirão da Série B, colocamos uma média de 18.654 torcedores por jogo. Entre 2014 e 2016, o número de torcedores sofreu uma queda devido aos maus resultados.

Nos três anos antes da pandemia, a média de público voltou a subir. Em 2019, foram mais de 26 mil tricolores em cada um dos jogos do Campeonato Brasileiro.

Em 2021, com a volta da torcida ao estádio, o Esquadrão ficou entre as sete maiores médias de público do ano: mais de 18 mil fanáticos pelo Bahia.

Para 2022, apesar da infeliz de volta à Série B, a certeza é de que a paixão da nação tricolor continuará fervorosa. Afinal, a torcida é o bem maior do clube.

“Nascido para vencer”

Nessas nove décadas, muitos ídolos apareceram; desde Gia, passando por Marito, Roberto Rebouças, Sanfillipo, Douglas, Jésum, Bobô…

Logo em seu primeiro ano, o Tricolor, do mascote “Homem de Aço”, venceu o estadual e foi apelidado de “Nascido Para Vencer”. As décadas passavam e os títulos só faziam aumentar. Houve inúmeras partidas inesquecíveis, como o 5 a 0 sobre o Santa Cruz (em 1981), o empate heroico na final do Baianão de 1994 – 1 a 1 – diante do Vitória e o grande triunfo nos acréscimos contra o Fast Clube de Manaus em 2007.

Supremacia, isso é o que temos contra o nosso rival.

Para se ter uma pequena noção, dos mais de 440 BA-Vis disputados, o Bahia tem uma vantagem de cerca de 45 jogos e 100 gols de saldo.

Até de 10 a 1 o Tricolor já venceu.

Incrível, como o heptacampeonato baiano. De 1973 a 79 só deu Bahia, sendo que o único título estadual que não ganhamos na década de 70 foi em 1972.

A primeira grande glória do clube aconteceu em 59. “Bahia, primeiro Campeão Brasileiro de todos os tempos”, escreveu O Globo. Para felicidade da Nação Tricolor, a Confederação Brasileira de Futebol, em cerimônia realizada este ano, reconheceu oficialmente este título como Campeonato Brasileiro. Com este reconhecimento, nos credibilizamos e nos tornamos o primeiro clube Campeão Brasileiro de Futebol.

Um título único, inédito, de importância sem igual. Uma odisseia fantástica de um time desacreditado no começo da jornada; vitorioso inconteste no templo do futebol, o Maracanã, contra o Santos de Pelé, maior time do mundo de todos os tempos.

Consequentemente, o Esquadrão de Aço foi o primeiro a disputar a Taça Libertadores, competição na qual voltaria em outras duas oportunidades.

A outra conquista grandiosa foi em 1988, quando, pela segunda vez, nos tornamos campeões brasileiros. Sob o comando de Evaristo de Macedo, o Bahia empatou com o “favorito” Internacional, em pleno Beira-Rio, e conseguiu mais uma estrela para a camisa, no campeonato cujas finais ocorreram no começo de 89.

Foi também ano do recorde de público da Fonte Nova, a casa do Bahia, quando recebeu 110.438 pagantes na semifinal que o Tricolor eliminou o Fluminense: 2 a 1.

Depois da conquista, Carnaval na cidade. “Não era feriado nem dia santo, mas, naquele 22 de fevereiro, Salvador parou. Todo mundo sabe quando a festa começou, mas ninguém lembra quando ela acabou…”

Segundo Luís Fernando Veríssimo – colorado assumido – para o Jornal do Brasil: “O Internacional perdeu para um time melhor. Ponto.”

Enquanto isso, Juca Kfouri, então na Revista Placar, escreveu: “O Bahia não é simplesmente o único clube nordestino campeão brasileiro. O Bahia agora tem um título que nem Corinthians, nem Santos, nem Botafogo, nem Cruzeiro possuem – para ficar apenas entre os maiores do nosso futebol, integrantes do Clube dos Treze. O Bahia não é um campeão qualquer. É o campeão. (…) Campeão porque nas fases finais fez tudo o que se exige de um time vencedor. E campeão porque talvez nenhuma outra legião de seguidores mereça há tanto tempo esse título. A nação tricolor fez da paixão pelo Bahia uma profissão de fé que transforma a Fonte Nova no templo mais carinhoso do futebol brasileiro…”

Democracia: primeiro ano de uma gestão reeleita e rebaixamento

Após a intervenção, o Bahia iniciou uma democracia, com o voto popular finalmente sendo o único fator preponderante para a escolha dos gestores do clube.

A retomada do prestígio do clube foi iniciada sob o comando do então presidente Marcelo Sant’Ana, aliado a nomes Pedro Henriques, Vitor Ferraz, Marcelo Barros, entre outros. O clube “entrou no eixo” administrativamente, buscando acabar com o desprestígio causado por dívidas antigas

Guilherme Bellintani e Vitor Ferraz foram eleitos, com grande vantagem em relação à chapa concorrente, como membros da Diretoria Executiva do Bahia para os próximos três anos. Foi a primeira reeleição democrática da história tricolor.

O objetivo foi de fazer um ano de 2020 melhor. Mas, ficou longe de conseguir essa meta. Pelo contrário, a temporada de 2021 foi ainda pior.

Após fugir do rebaixamento nos últimos jogos de 2020, o Bahia não conseguiu permanecer na primeira divisão, sendo rebaixado justamente no primeiro ano da gestão reeleita.

O rebaixamento foi sofrido devido a uma sucessão de erros, que já vinha de temporadas anteriores, mas que foram ainda maiores em 2021. Houve falhas desde a escolha dos profissionais para o trabalho na gestão de futebol até a formação do elenco.

Poucos atletas contratados na temporada performaram como esperado e, com isso, a maioria dos jogadores até já deixou o clube antes da virada do ano.

O que esperar em 2022?

Antes de mais nada, uma completa reformulação nos pensamentos dos gestores do clube, sobretudo na montagem do grupo que vai atuar no ano.

A temporada de 2022 será mais um grande desafio para a gestão de Guilherme Bellintani. Porém, dessa vez será o maior e mais importante deles: recolocar o Bahia na elite do futebol brasileiro.

Após um ano de 2021 repleto de erros, a diretoria tricolor precisará trabalhar, e muito, para recuperar a confiança da nação tricolor e conseguir orquestrar o clube até o caminho do acesso à primeira divisão.

Bellintani comanda o clube desde o início de 2018. Após quatro anos de seu primeiro mandato, ele promete realizar reformulações drásticas no futebol, maiores ainda do que as de 2021 e que não surtiram efeito.

Até onde o Esquadrão poderá chegar na próxima temporada? Será que Bellintani conseguirá recolocar o Tricolor na elite?

As respostas só poderão ser respondidas no decorrer do ano. Mas, a certeza é de que a nação tricolor apoiará como sempre. Da mesma forma, também fará pressão para que o clube volte ao lugar de onde não deveria ter saído.

Em 2022, que façamos valer nosso hino:

“Mais um! Mais um, Bahia! Mais um, mais um título de glória! Mais um! Mais um, Bahia! É assim que se resume a sua história!”

Parabéns, Esporte Clube Bahia, pelos seus 91 anos! BBMP!

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