De Daniel Dórea, no jornal A Tarde desta quinta-feira:
“Após o baque da doença do meia Cléber, era de se esperar que os jogadores ficassem abalados. Mas nenhum tricolor jamais poderia imaginar que o time, depois de dois bons jogos fora de casa, conseguisse atuar tão mal e só empatar com o Barras, por 2 a 2, em plena Fonte Nova.
A equipe piauiense – que tem uma folha salarial de R$ 50 mil, seis vezes menor que a do Bahia – ainda não conseguiu vencer no octogonal final da Série C. Empatou com Bragantino e Nacional, em Teresina, e levou 6 a 0 do Atlético, no Serra Dourada.
Contra mais de 50 mil torcedores do time mais tradicional da competição, os atletas e a comissão técnica do Barras comemoraram como se tivessem conseguido o triunfo.
DECEPÇÃO – Ao entrar em campo, uma homenagem ao meia Cléber. Os jogadores estenderam uma faixa e vestiram camisas com os dizeres “Cléber, estamos com você”, mas foi a torcida que proporcionou a parte mais bonita, ao cantar o nome do jogador.
O objetivo dos atletas é conquistar o título e dedicá-lo ao companheiro, mas, depois do resultado e da atuação de ontem, ficou difícil cumprir a promessa.
O time enganou no começo e abriu o placar logo aos 10 minutos. Preto cruzou na medida para Neto Potiguar chutar no cantinho e marcar seu primeiro na Série C.
Porém, o sofrimento começou rápido. Aos 16 minutos, Pantico ganhou na raça e bateu no canto. A torcida reclamou muito de uma falta em Elias no início da jogada.
O empate não abalou o Bahia, que deu o alívio para a galera tricolor um minuto depois, com uma cabeçada de Elias, aproveitando cruzamento de Adilson.
A vitória parecia estar na mãos do tricolor, mas a equipe cometeu um erro, reconhecido por Arturzinho após o final da partida. “Quando fizemos 2 a 1, fomos pra cima para golear, mas era o momento de segurar o jogo”, afirmou o treinador. O Bahia deu espaço e, aos 37, Felipe deixou Didi Potiguar sem goleiro para marcar. Novamente ficou a reclamação com a arbitragem, dessa vez por uma falta clara em Carlos Alberto.
Será que o tricolor menosprezou o adversário? Pelo depoimento de Cléber Carioca, no intervalo, parece que sim. “A gente pensava que a equipe do Barras era fraca, mas a gente está vendo que não é”, constatou o zagueiro.
Na base do desespero, o Bahia pressionou na etapa final, mas insistia nas jogadas aéreas, concluídas de forma errada. Nada surtiu efeito e, nos descontos, Pantico quase configurou a zebra.
Com os outros resultados da rodada – Nacional/PB 0x1 ABC, Atlético/GO 2×3 Crac e Bragantino 1×1 Vila Nova – o tricolor continua em terceiro, com sete pontos, mesmo número do vice, Atlético. O líder é o Bragantino, com oito”.
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