A Tarde: Matemática é a última que morre

Esperança tá difícil. Depois da derrota por 2×0 para o Atlético/PR nem o torcedor mais otimista leva muita fé na salvação do Bahia

Baseado apenas na matemática, o Bahia ainda tem chances de evitar o rebaixamento. Mas terá de ganhar as três partidas que ainda vai disputar, contra Corinthians, Criciúma e Cruzeiro, para fazer nove pontos e chegar a 52. Com o futebol que o time está jogando e depois da derrota de 2×0 para o Atlético do Paraná, ontem na Fonte Nova, está difícil encontrar um torcedor que ainda acredite nessa fria matemática. E por falar em estatística, o tricolor tem outro aspecto negativo: ainda não venceu um jogo fora de casa neste Brasileirão.

Nem o treinador Edinho Nazareth conseguiu esconder a decepção pela derrota. “Deixamos escapar uma grande chance de marcar três pontos e certamente isso vai fazer muita falta nesse final de campeonato”, disse. Será que o próprio treinador jogou a toalha, como a torcida? Ele nega: “Enquanto há vida, eu tenho esperanças”, afirmou.

Ao assumir o Bahia, o técnico Edinho Nazareth afirmou que iria disputar o campeonato em sete jogos e que seriam sete decisões. O treinador já passou da metade do desafio e até o momento perdeu três batalhas, contra Guarani, São Caetano e Atlético/PR. Ganhou apenas uma (Ponte Preta). O time ainda tem pela frente três grandes lutas, mas o ânimo da tropa está seriamente abalado e não vai ser fácil para o comandante levantar o moral do grupo.

A situação do Bahia, na lanterna do Campeonato Brasileiro, ficou ainda mais complicada e deixa o descrédito pairando no ar. O time tem dois jogos fora de Salvador (Corinthians e Criciúma), mas o retrospecto não ajuda. O tricolor disputou 21 partidas longe da sua torcida, perdendo 17 e empatando quatro. Mudar todo esse quadro, vencendo as duas seguidas, é a única salvação para escapar da segundona. Na última rodada o time ainda vai enfrentar o Cruzeiro, na Fonte Nova.

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