ABL cobra mudanças e transparência no Bahia

O texto abaixo encontra-se no site da Associação Bahia Livre e foi publicado ontem (17/02/2009):

“Após uma eleição realizada de forma suspeita, vez que é do conhecimento de todos que o colégio eleitoral era viciado, tanto que chegou a ser suspensa por liminar da Justiça, a atual direção do Bahia, que teve o apoio incondicional dos mesmos “eternos” que sempre dominaram e destruíram o Bahia, apresentou um pequeno sopro de mudança com a reformulação do departamento de futebol (que, diga-se de passagem, tem apresentado bons resultados).

Porém os eternos vícios da falta de transparência e cerceamento da participação dos torcedores na vida do Clube continuam como dantes.

A eleição para o Conselho Deliberativo ocorreu em 06/01/09. Durante a eleição algumas listas apareceram e sumiram voltando a aparecer depois com alterações nos nomes, ficando proibida pelo presidente do Conselho Sr. Ruy Aciolly qualquer cópia ou fotografia das listas que apareciam e sumiam.

Contrariando o estatuto do Clube, o Sr. Ruy Aciolly foi renomeado presidente do Conselho sem eleição com a participação dos conselheiros recém eleitos.

Já na condição de presidente “eleito”, o Sr. Ruy Aciolly prometeu para os presentes que no dia seguinte publicaria no site oficial a lista dos conselheiros. Porém, já se vão mais de 40 dias sem a divulgação da relação dos conselheiros eleitos.

Será que teremos que esperar até dezembro/2011, às vésperas da eleição para presidente, para conhecermos quem são os conselheiros? Será que a lista terá os nomes que foram realmente eleitos? Ou será que continuaremos com a ETERNA falta de transparência e eleições arrumadas às escuras?

O novo plano de Marketing apresentado ontem contém avanços e, se bem aplicado, deverá trazer muitos benefícios ao Clube. Mas como fica a participação do sócio patrimonial? Esse foi completamente renegado pela atual administração, que prometeu a reforma do estatuto com eleições diretas em 2011 para antes de carnaval e até agora continua omissa sobre este assunto.

O “Programa Bora Bahêa” não oferece nenhum benefício ao sócio patrimonial que, além de ser dono do clube, já contribui mensalmente há anos sem receber um único benefício.

Como está o quadro social do clube? Qual o plano para captação de novos sócios? Onde está o vice-presidente social previsto no estatuto? É um enorme contra-senso que participantes de programas de marketing tenham direito a diversos benefícios e até lugar reservado no estádio de Pituaçu e os sócios patrimoniais sejam tratados como se nenhuma importância tivessem.

É o ETERNO fechamento do clube que durante três décadas maculou uma história de glórias e conquistas.

Infelizmente parece que a história está se repetindo, pois em 1998 o clube fechou um contrato nebuloso com um banco apresentando resultados imediatos, com a contratação de um bom time, mas depois afundamos e ficamos piores que antes do tal “clube-empresa”.

As reformas e mudanças têm que ser estruturais e não apenas na embalagem. De que adianta um novo site, TV e rádio se não apresentar com transparência as informações que o torcedor deseja? De que adianta o plano de torcedor fiel se ele não pode votar para presidente?

Não se vê mudanças na administração do Clube, apenas ações pontuais que tendem a manter as coisas como sempre foram.

A direção do Bahia deve à torcida transparência com a urgente divulgação da lista de conselheiros, valorização do quadro associativo e reforma dos estatutos já.”