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ABL diz que autoconvocação foi ato injustificável

Notícia
Historico
Publicada em 5 de junho de 2014 às 16:34 por Da Redação

Em nota encaminhada ao ecbahia.com e também publicada na sua página oficial do Facebook, a Associação Bahia Livre (ABL) tratou de responder ao ato de convocação extraordinária do Conselho Deliberativo azul, vermelho e branco.

Segundo a carta, que teve a publicação autorizada pelo presidente da ABL, Jorge Maia, conhecido da Nação pelas ações judiciais que culminaram com a remoção do antigo presidente do clube, Marcelo Guimarães Filho, a “autoconvocação” do órgão mais importante do Esquadrão foi uma ação desnecessária, sem justificativa e que pode incentivar a banalização da cláusula estatutária presente no artigo 23.

A reunião foi pedida por 34 conselheiros, cumprindo o que dita o artigo 23 que solicita ao menos 30% dos membros na assinatura. O edital saiu no jornal A Tarde desta quinta-feira. Clique aqui para conferir.

Leia o texto da Associação Bahia Livre na íntegra:

“Ao apontar em sua manchete de hoje que a autoconvocação do conselho deliberativo do Bahia por 33 conselheiros seria uma “ameaça de golpe ao processo democrático” do clube, a Associação Bahia Livre pretendia chamar a atenção dos sócios e torcedores do esquadrão para o tema político de alta relevância que ora se apresenta. E conseguiu, na medida em que a presente nota passa a ter um alcance maior entre os leitores.

Óbvio que a ABL, presidida por Jorge Maia, símbolo da luta contra a ditadura que carcomeu o Bahia por anos, não seria – como não é – contra a realização de reuniões no conselho deliberativo do clube. Mas algumas questões devem ser apresentadas para que todos, sócios e torcedores do Bahia, afiram o correto juízo de valor sobre o tema.

Inicialmente, deve-se registrar que o conselho deliberativo já realizou 12 (doze) reuniões em 09 (nove) meses, número expressivo, mas que, de fato, esbarra no grande volume de demandas a serem apreciadas. Fato.

Apesar disso, nada justificaria nesse momento uma autoconvocação do conselho deliberativo, instrumento este que deveria ser preservado e utilizado apenas em situações excepcionais e de grave violação aos princípios estatutários, sob pena de torná-lo banal. É o que ocorre.

Com o pretexto democrático, os conselheiros que assinaram o requerimento de autoconvocação, capitaneados pela “Revolução Tricolor”, pretendem levar a termo, ainda que misturado entre diversos temas de pauta, uma reforma do estatuto, contrariando a promessa de campanha de todos os candidatos, inclusive do atual presidente do clube. Isso é grave.

Claro que alguns dos conselheiros que assinaram o requerimento nem se atentaram a essa questão, tanto que um deles já solicitou a retirada de sua assinatura do documento.

Além disso, todos os conselheiros receberam, por e-mail, um comunicado do presidente do conselho deliberativo noticiando que o conselho fiscal estaria concluindo o parecer acerca das contas do ano de 2013, a ser votado pelo deliberativo e que, tão logo ocorresse essa votação prioritária, posto que em atraso, agendaria as reuniões extraordinárias do conselho deliberativo como pretendido por todos.

Se a reunião extraordinária seria agendada em breve, questiona-se: qual a necessidade premente de se realizar uma autoconvocação? Rachar o conselho? Criar mais um problema institucional para a diretoria executiva? Essa é a melhor forma de ajudar o clube? Repita-se: todos os conselheiros sabiam que a reunião extraordinária seria agendada em breve, logo após a votação do parecer do conselho fiscal.

Interessante observar que conselheiros que se fizeram presentes em menos de 20% das reuniões realizadas – vide atas divulgadas no site do clube – agora assinam requerimento de autoconvocação do conselho, como se exigissem mais reuniões. E mais. Serviço de motoboy foi contratado para percorrer a cidade coletando as assinaturas. Quem financiou isso? Com qual objetivo?

Diante desse cenário, fica evidenciado que a autoconvocação do conselho deliberativo, transvestida de ato democrático, tem muito mais um caráter político, eleitoreiro. Não caia nessa, torcedor.”

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