Nem todo mundo que esperava passar o Domingo de Páscoa assistindo ao clássico na Fonte Nova teve esse gostinho. Pelo contrário, centenas de pessoas ficaram do lado de fora e tiveram que viver o drama dos sem ingressos.
Faltando 3 minutos para as 17 horas, início do jogo, os torcedores se amontoavam em frente às bilheterias. Era um empura-empura, um desespero para adquirir seu bilhete. Dava para ouvir a euforia das torcidas, os gritos de guerra, o barulho dos fogos e o estádio tremer.
Tudo isso aumentava a adrenalina e a angústia de quem estava do lado de fora. Foi assim para o aposentado Selaciê dos Passos, 65 anos: Quero saber se o estádio encolheu. Já pegou mais de 110 mil, agora não botam nem 70!, falou revoltado, lembrando a histórica partida do Bahia contra o Fluminense, em 12 de fevereiro de 1989, pelo Brasileirão.
De tanta raiva, Edvaldo Conceição Nascimento, 43 anos, quase não conseguia falar direito. Saí de Castro Alves, passei quase 3 horas no ônibus e chego aqui e não tem ingresso! Isso é uma falta de vergonha!, bradou diante da multidão que assim como ele não consegui entrar.
Tô com raiva, quero ver meu time jogar e não consigo. É um grande desrespeito ao torcedor baiano. Isso não pode acontecer!, gritava indignado com o rádio colado no ouvido.
No total, 51.276 pessoas estiveram ontem no Octávio Mangabeira.
A Tarde (Adaptado)
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