Fim de papo em Pituaçu: em uma noite atípica, com erros de arbitragem e do técnico Márcio Araújo, o Bahia perdeu para o Icasa, nesta terça-feira, por 4 a 2. Após um misto de vaias e aplausos ao final da partida, nada mais resta ao Esquadrão a não ser fazer valer o retrospecto fora de casa e derrotar o Duque de Caxias, que não tem torcida, em um tricolorido São Januário, sábado, a partir das 18h30, pela 26ª de 38 rodadas da Série B.
Os primeiros equívocos do treinador azul, vermelho e branco foram ainda na véspera do jogo. Como se o Bahia já tivesse vencido o adversário – desde 2008 pedra no sapato da equipe -, preferiu “preservar” o lateral Ávine e o atacante Jael, peças imprescindíveis, sobretudo o último.
Em seguida, pouco antes de a bola rolar, escalou errado, improvisando na lateral direita sem precisar e barrando a volta de Alison para a manutenção de Vágner ao lado de Nen.
Pois o zagueiro sequer apareceu no lance do primeiro gol do Icasa, marcado por Assisinho, aos 38 minutos, embora Bruno Octávio também tenha falhado (em tempo: tudo bem lutar contra a ansiedade, mas ninguém entendeu a morosidade do time no começo do duelo), e deixou Carlinhos passar livre para fazer o segundo, aos 43.
No terceiro, foi a vez de Nen vacilar ao cometer a falta boba que originou o tento de Júnior Xuxa, logo aos 6 minutos da etapa final. Destaque também para o goleiro Fernando, que foi mal na hora da defesa, pois a bola foi em seu canto dentro da meta.
O quarto já aconteceu aos 30 minutos, depois de contra-golpe concluído pelo mesmo Xuxa, com o Esquadrão desesperado na frente, tentando diminuir.
Neste ínterim, para completar, Araújo e também o árbitro Manoel Paixão dos Santos (MS) trataram de terminar de vez com as esperanças tricolores. O técnico demorou a mexer e, quando acordou, tirou uma das únicas exceções entre os jogadores, o meia Vander, para desespero da torcida, que chegou a chamá-lo de “burro”. Além disso, tardou a sacar um dos três volantes para colocar mais gente no setor ofensivo. Assim, você vai se complicando por besteira…
Sobre o juiz, apesar de o placar tentar desmentir, ele teve influência direta no resultado ao anular um gol legítimo de Mendes, quando ainda estava 0 a 0, e necessitar de dois pênaltis em um cada vez mais endiabrado Adriano para finalmente marcar um. Morais cobrou e descontou, já quase nos acréscimos.
O outro gol do Bahia veio com o próprio Adriano, aproveitando escorada de cabeça após um escanteio, aos 22 do segundo tempo.
A equipe ainda teve outras chances, mas o importante é que não parece existir, por enquanto, motivo para qualquer tipo de desespero. É despachar o Duque no Rio e retomar o caminho do acesso. O Bahia caiu para terceiro, com 44 pontos, ultrapassado pelo Figueirense (45), que bateu o Asa em Arapiraca, e viu o líder Coritiba (47) subir um pouco mais ao empatar em São Paulo com a Ponte Preta (41). Já o América-MG (43) perdeu em casa para a Portuguesa.
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