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Ameaçados, tricolores não temem jogo de volta

Notícia
Historico
Publicada em 24 de agosto de 2006 às 01:59 por Da Redação

Por Daniel Dórea, do jornal A Tarde:

“Os comentários sobre o andar mais baixo do futebol brasileiro sempre foram os mesmos: “Lá o pau quebra”, “Tem que ser muito macho para jogar”. Porém, comentar de longe é fácil, o duro é encarar de frente esse monstro. Essa é a marcante primeira vez do Bahia.

De fato, a Série C não é nada acolhedora. A maioria dos estádios é acanhada, a pressão da torcida adversária é grande, a segurança é falha, os gramados são ruins, e os times, às vezes, são violentos.

Essas são algumas das condições que o Bahia teme encontrar em Juazeiro do Norte no domingo, quando enfrenta o Icasa pela quarta rodada da segunda fase da competição.

A partida contra os cearenses na Fonte deixou marcas na mente e no corpo dos atletas tricolores. Paulo César ainda sente a dor das pancadas e foi poupado do treino de terça, e Galego está com uma parte do rosto inchada por um soco que recebeu.

O lateral-esquerdo já disputou a Série C em 2001, pela Inter de Limeira, e não esperava tanta violência. “Nós já estamos em 2006. Acho que atitudes antidesportivas como essa não combinam com o mundo moderno”, explicou.

Tudo começou depois do pênalti sofrido por Paulo César. A partir daí, foi pancadaria para todos os lados. Spirito foi o mais visado, mas Galego e Sorato também levaram suas bordoadas. “Eu levei até soco. Fui me defender e ainda tomei cartão amarelo. Isso é falta de profissionalismo. É coisa de quem não tem o esporte no sangue”, criticou Galego.

Mas o pior de tudo foi a promessa que os jogadores do Icasa fizeram ao lateral tricolor. Tudo indica que virão muito mais bordoadas no duelo de domingo. “Eles avisaram que lá é que nós vamos apanhar de verdade”, revelou.

O técnico Charles não entende o porquê da tentativa de criar esse clima, mas não parece estar preocupado com as ameaças. “Tudo depende da arbitragem. Se eles derem porrada, têm que ser punidos”, afirmou. A violência do Icasa não foi nenhuma surpresa para o treinador tricolor, que já está vacinado para a disputa da Terceirona. “A gente já esperava um jogo duro, pegado. Temos que estar preparados para esta e para muitos outros tipos de situação”.

Os atletas do Bahia preferem jogar o futebol puro e tradicional, mas não pretendem aceitar a violência tão fácil assim. Dar a outra face não está nos planos dos tricolores. “Se vier pedra de lá, vai ter pedra de volta daqui”, avisou Galego, que aproveitou para provocar. “Acho que eles ficaram bravos porque tiramos a invencibilade do time. Eles se achavam imbatíveis”.

O zagueiro Pereira também achou que houve um exagero da parte dos beques cearenses. Eles bateram tanto que Paulo César chegou a dizer aos companheiros que não agüentava mais jogar. Quanto às ameaças, Pereira não tem medo. “A gente não deixa barato, também, não. Se eles quiserem bater no Paulo César, vão ter que encarar a gente quando forem para o ataque. Além disso, se eles forem muito violentos, vão ter jogador expulso de novo””.

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