Grande responsável por profissionalizar a diretoria tricolor, o gestor de futebol Paulo Angioni completou dois anos de Fazendão na última sexta-feira, dia 13. E, para marcar a data, o departamento de comunicação do Bahia realizou uma entrevista especial (e bastante interessante) com o carioca, que durou mais de uma hora e foi distribuída em três vídeos.
Como o papo é longo e vale a pena conferir os detalhes, o ecbahia.com resume todos os pontos abordados logo abaixo, onde acabaram sendo respondidas uma série de dúvidas do torcedor.
Encontrei muita dificuldade no início (em 2010)
Estou feliz, muito feliz. Já tive `n´ situações para sair, até com um conforto maior, com proximidade da minha família (no Rio), mas entendo que meu ciclo ainda não terminou aqui no Bahia. Acredito que falta edificar alguma coisa ainda.
Nesses 33 anos que eu vou completar no mundo do futebol (já passou por lugares como Flamengo, Fluminense, Vasco, Corinthians, etc), nunca tive um clube que tivesse tanta facilidade para trabalhar, diante de tantas dificuldades que existem.
Aceitei trabalhar no Bahia por algumas razões importantes. Primeiro, para mim, o Bahia sempre foi um grande clube. Mas hoje tenho certeza que é muito maior do que eu imaginava.
As pessoas aqui sabem que é grande, mas não se colocam como grandes. Esse foi um primeiro desafio. A gente não pode se apequenar, principalmente diante dos grandes centros.
Um momento ruim foi quando tive que demitir o Rogério (Lourenço, no início de 2011). Foi triste para mim, mas o Eduardo Barroca veio com ele e continua até hoje. É um profissional de grande capacitação.
Chiquinho de Assis (mais um auxiliar de Falcão) é uma pessoa especial e uma outra grande alavanca que nós temos aqui.
A maior lição é ter paciência e esperar as adversidades, as críticas muitas vezes precipitadas. O maior exemplo é o Souza. Hoje, ele é uma das maiores referências do Bahia.
O que me machuca são as incompreensões direcionadas, a falsidade, que aqui também encontrei, mas sempre coloco isso num plano inferior.
Sobre o jejum desde 2001 sem ganhar um Estadual: Encontrei aqui um conceito de formação de equipe diferente daquele que deveria acontecer numa instituição como o Bahia.
Angioni também negou existir favoritismo do Esquadrão em 2012 por ter a vantagem até a decisão; lamentou o gol sofrido nos acréscimos na semifinal de 2010, que tirou a vantagem do time para aquela final; e admitiu problemas no campeonato de 2011.
Agora, estamos nos preparando para uma nova era.
Ele ainda falou sobre o aproveitamento da divisão de base no elenco profissional (o ideal é que a maioria do grupo seja da base); disse que alguns jogadores não aceitaram a chegada de outros mais elitizados no ano passado; e confessou que decidiu contratar Falcão, além do aspecto técnico, para manter o Bahia em visibilidade em alta.
Jobson e Ramon (meia, ex-CSKA, atualmente no Náutico) são problemas? Vou concordar, mas Carlos Alberto não. Souza e Ricardinho? Também, não.
Angioni acrescentou que renovações de contratos com final em maio, como o do zagueiro Rafael Donato e o do meia Magno, são dados como certos. Júnior (vale lembrar que a entrevista aconteceu na semana passada), Morais e Lomba, vou esperar. Lomba está alinhado para continuar por três anos, mas depende muito de negociação com o Flamengo.
Quando o tema foi o próximo Brasileirão, o gestor chegou a traçar um paralelo com o Figueirense, grande sensação de 2011, que quase se classificou para a Libertadores.
Se viermos a contratar, serão reforços pontuais.
Ele ainda citou um episódio envolvendo a sua filha que lhe marcou envolvendo a torcida tricolor.
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