Aniversário passa e Esquadrão permanece à deriva..

Muito provavelmente o que ocorreu na quinta-feira tenha sido um dos mais tristes aniversários da história do Bahia. Rebaixado para a Segunda Divisão do Brasileiro, endividado e em crise, o Tricolor começa 2004 sob olhares desconfiados de sua fanática massa.

As aguardadas providências pós-queda para a Série B ficaram mesmo para esse Ano Novo. Quase três semanas após a degola, o máximo que se fez foi destituir Marcelo Chamusca da função de gerente de futebol.

No mais, o que se viu foi uma sucessão de reuniões e o anúncio da intervenção do Opportunity, acionista majoritário do Bahia S/A, no futebol tricolor, dentro da lógica de colocar tranca na porta, depois que foi arrombada.

O resultado da intervenção ainda não foi visto. Avesso às entrevistas, o representante do Banco, Jorge Goldenstein, não informou se a ação vai se resumir à nomeação do superintendente e de um diretor de futebol. Os dois cargos, aliás, continuam em aberto. E como deles depende todo o planejamento da temporada, o time segue à deriva.

O elenco vai se reapresentar no Fazendão nesta segunda. Até agora, não se sabe quem será o treinador. Da mesma forma, falta definir os jogadores que continuarão no clube, além dos reforços a serem contratados. Isso há 14 dias da estréia no Estadual, contra a Catuense, em Catu.

Por essas e outras que a torcida precisa buscar no passado motivos para celebrar mais um aniversário do clube. Mais que voltar à Primeira Divisão, o único time nordestino com dois títulos nacionais tem nesse ano o desafio de recuperar a auto-estima de seus seguidores e voltar a fazer valer o lema “nasceu para vencer”, tão esquecido nos dias atuais.

A Tarde (Adaptado)