Antigo funcionário culpa falta de educação

“Nêgo condena, mas os banheiros, por exemplo, estão sempre limpos. O problema é que muita gente não tem educação”. A frase é de José Meireles, que trabalha há oito anos na Fonte Nova e atualmente é coordenador de espaços esportivos da Sudesb.

O apaixonado pelo estádio não se conforma com o comportamento de alguns torcedores, que não colaboram com o esforço dele e dos outros funcionários para deixar a Fonte pelo menos apresentável.

Para provar que tem razão, Meireles cita um exemplo. Logo que foram reformados nove dos 29 banheiros do estádio, ele fez questão de ficar na espreita para constatar qual seria a atitude do primeiro que passasse e visse as novas instalações.

“Ele nem chegou a entrar e já foi urinando na porta mesmo”, reclamou. O resultado foi que Meireles, revoltado, colocou o torcedor para fora da Fonte Nova.

O coordenador sempre procura defender seu trabalho. Ao mesmo tempo em que admite a condição precária do vestiário dos visitantes, sem reformas desde a inauguração, e aponta os ventos fortes como culpados pela destruição das placas de publicidade, aproveita para dizer que pintou as cadeiras recentemente e podou as árvores da Vila Olímpica.

Outro motivo para Meireles se gabar é o gramado quase impecável. “É um dos poucos estádios do Brasil que não tem aquela falha na grama da pequena área”, orgulha-se.

MOTEL – Quando chega a noite, a área do estacionamento da Fonte Nova vira um paraíso para os apaixonados que carecem de um local para namorar. Eles se aconchegam no lugar onde ficam os carros em dia de jogo e ficam aos amassos.

“Isso aqui vira um motel à noite”, afirmou Meireles. O problema foi resolvido com o fechamento dos portões que dão acesso para o Dique do Tororó.

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Matéria publicada originalmente, por esse mesmo autor, na edição desta quinta-feira 02/08/2007 do suplemento A Tarde Esporte Clube