O Bahia sempre vive uma situação paradoxal quando tem pela frente o Inter de Porto Alegre. Embora o adversário traga as ótimas lembranças do bicampeonato brasileiro de 1988, ele é ao mesmo tempo uma verdadeira pedra no sapato azul, vermelho e branco ao longo da história.
Para se ter ideia, o Esquadrão não vence os gaúchos no Nacional há nada menos que 22 anos.
Desde 1968, ainda pelo antigo formato do certame, intitulado Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o Robertão, Bahia e Inter se enfrentaram 30 vezes e a vantagem nos confrontos é bastante favorável ao Colorado. Foram 17 triunfos, 11 empates e apenas duas derrotas deles.
A primeira, inesquecível para a Nação, foi o 2 a 1 de virada na Fonte Nova pela ida da decisão do Brasileiro de 88. Após sofrer um gol de Leomir aos 19 do primeiro tempo, o Tricolor virou com dois gols de Bobô e dali rumou para conquistar mais uma estrela dourada no Rio Grande do Sul:
Na segunda e última, muitos tricolores não eram nem nascidos naquele 11 de novembro de 90. O cenário novamente foi a Fonte e o placar de 2 a 1 se repetiu, mas dessa vez o protagonista foi o artilheiro Charles, que abriu o placar aos 5 do segundo tempo e completou aos 37.
De lá para cá, ocorreram 15 jogos pelo Brasileirão, com cinco empates e dez derrotas nossas. O curioso é que, de todos eles, dez ocorreram em domínios gaúchos e apenas cinco em SSA.
Os mais recentes da lista –e também do retrospecto– se deram na temporada passada. Em 16 de novembro de 2011, com direito a grave lesão do zagueiro rival Bolívar no lateral Dodô, o Inter fez 1 a 0 em casa graças a um tento no início de Gilberto. Relembre os lances e as escalações:
BAÊA – Marcelo Lomba, Marcos, Danny Morais, Diego Jussani e Dodô (Hélder); Fabinho, Fahel (Carlos Alberto), Diones e Magno (Nikão); Lulinha e Júnior. Técnico: Joel Santana.
INTER – Muriel, Nei, Bolívar, Rodrigo Moledo e Kleber; Bolatti, Tinga (Sandro Silva), DAlessandro e Oscar; Gilberto (João Paulo) e Leandro Damião. Técnico: Dorival Júnior.
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Antes, em 14 de agosto, houve um 1 a 1 perante 21.239 pagantes em Pituaçu. Leandro Damião inaugurou a contagem aproveitando falha da zaga, porém Jobson empatou de pênalti.
BAÊA – Marcelo Lomba, Gabriel, Paulo Miranda, Thiego e Ávine; Fahel, Fabinho, Ricardinho e Carlos Alberto (Lulinha); Jobson e Reinaldo (Jones). Técnico: René Simões.
INTER – Muriel, Nei, Bolívar, Índio e Zé Mário; Elton, Wilson Matias (Glaydson), Tinga (Augusto) e João Paulo; Jô (Rodrigo Moledo) e Leandro Damião. Técnico: Osmar Loss (interino).
Libertadores e Copa-BR
Além dos duelos em Brasileiros, Bahia e Internacional foram oponentes na Libertadores de 89 e na Copa do Brasil de 94. Pelo torneio continental, conseguimos nosso único triunfo de visitante.
O confronto foi logo após o empate em 0 a 0 que nos garantiu o título de 88 e vencemos por 2 a 1, novamente. E na partida de volta, em Salvador, ganhamos por 1 a 0. Relembre:
Mais tarde, pelas quartas de final, fomos eliminados pelos colorados após derrota por 1 a 0 no Sul e empate sem gols numa Fonte completamente alagada e sem a mínima condição de jogo…
Já pela Copa do Brasil, depois de uma derrota por 1 a 0 fora, o Bahia precisava vencer por dois ou mais gols de diferença para se classificar. Abrimos 2 a 0 com Serginho e Marcelo Ramos, mas permitimos a virada do Inter, que chegou a anotar 4 a 2. Uéslei, Marcelo e Raudinei reverteram o placar, fazendo 5 a 4 já no minuto final. Um embate épico, apesar da perda da vaga.
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