Não é mais do que a obrigação do clube, mas o fato pode ser considerado inusitado. No último dia 5, o Bahia, depois de mais de cinco anos, voltou a pagar seus funcionários em dia. Nenhum dos empregados (que pediram para não terem seus nomes divulgados) ouvidos pelo jornal lembrava a última vez que haviam recebido pontualmente, mas garantiram que o fato não ocorria, pelo menos, desde 1999.
O pagamento em dia dos funcionários não significa que o Bahia alcançou seu equilíbrio financeiro para 2004. Além de ter muitas dívidas a pagar, o clube colhe os frutos das negociações de Nonato (empréstimo para o Daegu, da Coréia do Sul, por US$ 260 mil) e Daniel (negociação em definitivo para o Sevilha-ESP, por US$ 1,05 milhão).
Voltar a pagar funcionários e jogadores em dia faz parte das metas iniciais do planejamento do superintendente do Bahia, Miguel Kertzman, que completa nesta semana um mês no cargo. Segundo o dirigente, o Tricolor está longe de ficar em paz quando o assunto é dinheiro. Sabemos que essa receita que tivemos agora no início do ano vai acabar em breve e estamos trabalhando para modificar essa situação, declarou.
Sobre as medidas que tomará para que o clube não volte a atrasar os pagamentos, ele avisou que a administração do Bahia está trabalhando em uma série de programas, sobretudo na área de marketing, para viabilizar novos e antigos projetos, o que deve ser anunciado como pacote no prazo de 30 a 45 dias. São programas para aumentar a participação de torcida, investidores e contribuintes, como dinamizar o sócio-torcedor, e alavancar outras formas de receitas.
Na minha experiência de administração, sabemos que para uma equipe de trabalho render bem, não pode se preocupar com outra coisa no trabalho a não ser sua atividade. E os salários atrasados atrapalhavam isso. O melhor jogador que poderíamos contratar era pagar os funcionários em dia, concluiu Kertzman.
Correio da Bahia (Adaptado)
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