De Miro Palma, no jornal Correio* desta sexta-feira:
`Uma pancada, várias consequências. Após nove partidas seguidas como titular, o sorriso de Dodô foi substituído pela expressão de dor. De muletas e a passos curtos, o lateral de 19 anos chegou em Salvador de cabeça baixa e sem querer muita conversa.”Tá doendo demais, parceiro”, resumiu. Horas depois, o resultado do exame explicou em números a gravidade da dor. A falta cometida pelo zagueiro Bolívar, do Internacional, teve impacto direto na canela, mas rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo e Dodô vai ter que passar por uma cirurgia. A previsão é de seis meses para a recuperação.
A caminhada do saguão do aeroporto até o carro só não foi mais dura porque o lateral tricolor recebeu a ajuda do pai, Benê Ribeiro. Ele conta como o filho reagiu ao baque. “Ele me ligou antes mesmo de acabar o primeiro tempo, lá do vestiário. Estava muito desesperado, pois é a primeira contusão da carreira. Ainda não está mexendo o pé direito e continua com muita dor no local”, contou Benê, que precisou de frieza para acalmar Dodô. “Fiquei com meu coração apertado, mas o momento é de rezar. Só podemos fazer isso daí e esperar o melhor”.
Como tem contrato com o Corinthians, Dodô será operado em São Paulo. Mas Benê conta que o lateral-esquerdo tem planos de continuar no Bahia na próxima temporada, desde que o contrato com o Corinthians, que vai até junho de 2012, seja prolongado. “A gente fez a escolha certa em vir pra cá. Na verdade, nós voltamos pra casa. Meu pai, seu José Ribeiro, era baiano de Barra da Estiva, na Chapada. A Bahia já estava no sangue e fomos bem recebidos. Agora, por causa do Bahia, está no nosso coração pra sempre”, comentou o pai do atleta.
Dodô jogou 14 partidas pelo Bahia no Brasileirão e está cotado como melhor lateral-esquerdo do campeonato no Troféu Armando Oliveira. O prêmio é dado por comentaristas do SporTV e repórteres do site globoesporte.com aos jogadores de melhor média além de Dodô, o Bahia tem Marcelo Lomba na seleção.
A evolução de Dodô com a camisa tricolor deve-se, em parte, à chegada do pai em Salvador. Antes, ele só vinha visitar o filho uma vez por mês. Depois… “Cheguei em agosto pra ficar 15 dias e não voltei mais. Ele estava num momento ruim quando apareci. Fiquei pra dar um apoio e o momento virou. Achei que era melhor continuar até dezembro. Dodô é um menino de ouro e merece a nossa força, ainda mais agora”, diz Benê.´
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