De Daniel Dórea, no jornal A Tarde deste terça-feira:
“Poucas vezes um reserva foi tão querido. No máximo um Tupãzinho ou um Dinei da vida, que entravam nos minutos finais das partidas e decidiam a favor do Corinthians.
Geralmente, goleiro suplente é sempre o cara solitário, que quase nunca dá entrevista e poucos torcedores conhecem. Não é o caso de Omar, ou Omaravilha, como alguns tricolores já estão o chamando.
O jovem de 21 anos conquistou a confiança da galera com bons jogos nas poucas aparições em 2010, e a diretoria do Bahia chegou a justificar a dispensa do ex-titular Fernando usando o argumento de dar espaço a Omar.
Promessa não cumprida, Tiago veio para vestir a camisa 1 e deixar Omar de novo na espera.
Porém, pelo que aconteceu na tarde do último domingo, o técnico Rogério Lourenço poderá ter fortes dores de cabeça. No Torneio Início, Omar brilhou defendendo quatro pênaltis e teve seu nome cantado pela torcida. Ontem, no Fazendão, foi o mais requisitado para autógrafos.
Fico feliz pelo reconhecimento. Estou trabalhando duro pra colher o que plantei, diz o jogador, que veio para o tricolor por indicação do preparador de goleiros Ricardo Palmeira junto como coordenador da base Newton Mota. Não custou nada e logo o Bahia vai ganhar um bom dinheiro com ele, acredita Palmeira.
Apesar de saber que a posição de titular, no começo, deverá ficar comTiago, ele garante que a motivação é a mesma do final do ano passado, quando vibrava com a então iminente oportunidade de ser o principal arqueiro do Esquadrão e sorria com o recente casamento. Ainda vivo este momento especial e só por estar no Bahia já sinto muita alegria, valoriza.
Especialista
A princípio, a ideia da comissão técnica nem era utilizarOmar no Torneio Início, mas, segundo Ricardo Palmeira, a escolha foi feita para agradar a torcida e já pensando em prováveis disputas de pênalti.
Não poderia ter dado mais certo. Sempre tive essa sorte. É claro que treino conta, mas o psicológico é o mais importante nessa hora, confidencia Omar, que revela os seus segredos: Tento adivinhar o que o atacante está pensando e só pulo na hora que ele chuta. Tranquilão, estilo Dida comparação que o enche de orgulho , o garoto nem abre a boca na hora do pênalti. Aguenta calado as provocações dos cobradores.
Tem uns engraçadinhos que gostam de falar: Não sai antes, senão vou cavar. Não me abalo, assegura. E é assim, sem criar polêmica, que Omar vai cavando lugar no time de Lourenço.
Este foi espectador no Torneio Início e já sabe a opinião da galera sobre o assunto.´
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