A Confederação Brasileira de Futebol já definiu os árbitros que comandarão as partidas da próxima quarta-feira, pela Copa do Brasil. E a estreia do Tricolor será apitada por um árbitro sergipano que traz lembranças ruins para a Nação Tricolor. Trata-se de Antonio Hora Filho, árbitro que comandou a inesquecível partida contra o Vila Nova, na reta final da Série C de 2007.
A partida confirmou o acesso tricolor à Segundona, mas ficou marcada mesmo pela tragédia da saudosa Fonte Nova. O piso de parte da arquibancada que cedeu e matou sete tricolores, fato que acabou não sendo relatado na súmula. Na véspera, temeroso, o árbitro chegou a pedir dispensa da partida, já que algumas rodadas antes havia se envolvido em uma polêmica, ao marcar um pênalti e expulsar um jogador tricolor.
No ano anterior, Hora Filho também comandou uma triste marca na história azul, vermelha e branca. Em jogo válido pela Série C, também no Octávio Mangabeira, ele foi o juiz da partida contra o Ipatinga, em que o Tricolor perdia por 2 a 0, quando a torcida invadiu o gramado para protestar e fez o duelo ser encerrado aos 23 minutos do segundo tempo. A partida ainda ficou marcada pelo traumatismo craniano sofrido pelo lateral Dadico, após se chocar com um adversário.
Na súmula da partida, o árbitro, que também é professor de educação física, acabou aliviando para o Tricolor. Ninguém do quadro de arbitragem, ninguém da delegação visitante, do Ipatinga, foi hostilizado ou agredido. Suspendi o jogo porque o chefe do policiamento me disse que não havia condições de segurança junto à torcida para o reinício do jogo, afirmou na ocasião. Mas sua opinião não foi suficiente e o time acabou perdendo o mando de campo por oito partidas.
Em sua última participação em um jogo tricolor, Antonio Hora Filho acabou polemizando novamente. No longínquo 29 de agosto de 2009, em que o Bahia venceu o São Caetano por 3 a 1, em Pituaçu, pela Série B, o juiz acabou comprometendo na súmula. Ele atribuiu ao médico Daniel José de Araújo Silva a seguinte ordem para Nadson: Cai no chão que nós estamos ganhando. Ainda no relatório, o árbitro afirmou que foi ofendido pelo médico. Quando foi pedir para que o jogador fosse atendido fora do gramado, teria ouvido: Vai apitar, sua m…, que isso aqui é caso de vida ou morte.
Na época, o médico, que acabou sendo denunciado ao STJD, se defendeu: Em nenhum momento dei ordem para que o jogador caísse e muito menos ofendi a arbitragem. O Nadson passou mal, vomitou no gramado. Apenas expliquei ao árbitro que isso é perigoso, que a pessoa pode até morrer de um mau súbito. O Esquadrão foi ameaçado de perder pontos pelo episódio, mas acabou absolvido.
Recentemente, o sergipano acabou se envolvendo em outras polêmicas. No ano passado, após desastrosa atuação no clássico Sport x Náutico, ele acabou parando na geladeira do Campeonato Pernambucano. O lance que culminou a ira dos torcedores do Sport foi um pênalti não marcado sobre o atacante Ciro, hoje no Esquadrão de Aço.
Nesta quarta-feira, em que a Nação Tricolor torce por uma arbitragem menos polêmica, em João Pessoa-PB, Antonio Hora Filho terá como assistentes os também sergipanos Victor Oliveira Cruz e Rubens dos Santos Filho.
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