Criticada pelo preço dos ingressos e pelo serviço oferecido, a Arena Fonte Nova diz que vem trabalhando nos dois assuntos. O diretor de marketing e negócios da empresa, Lino Cardoso, conta que está apenas esperando uma decisão da presidente da República, Dilma Rousseff, para baixar os bilhetes. O mais barato nesta quarta, contra o Flamengo, custa R$ 60 (inteira).
“A gente conta com a sanção da nova lei de meia-entrada para que possa, de fato, fazer uma revisão dos valores por setor. Na realidade atual (com facilidade de falsificações), corremos o risco de ter uma avalanche de meia nas partidas”, considera Cardoso. Segundo ele, não há um prazo para a promulgação da lei. “Já passou pelo Congresso e está no gabinete dela”, afirma.
A ação do Ministério Público de não permitir mais preço único é vista como outro empecilho.
Sobre os incidentes do jogo de domingo, no triunfo sobre o Goiás, quando houve grandes filas nos guichês mesmo com a bola já rolando, o que fez muita gente desistir ali, o diretor identificou situações distintas.
O maior problema admitido diz respeito à venda pela internet. Tricolores que chegaram quase uma hora antes da partida também perderam o começo porque só existia uma fila para a troca do chamado voucher pelo ingresso.
Para completar, a atendente ainda pede o RG da pessoa, além de exigir uma assinatura, aumentando a demora. Isso tudo pagando 10% a mais devido a uma “taxa de conveniência”.
Irritados, torcedores gritaram coros como “incompetência” e cantaram músicas para dizer que preferiam Pituaçu, mando de campo do Esquadrão durante a reforma da Fonte.
“Tem que melhorar, sem dúvida. A `conveniência´ tem que ser percebida. Queremos aumentar o número de guichês, inclusive para as vendas comuns, mas isso é algo que depende de obras, mudanças estruturais do lado de fora da arena”, afirma Cardoso.
Ele ainda disse ter ocorrido uma dificuldade extra no confronto com os goianos, que prejudicou o ritmo da fila.
“Muitos apresentaram voucher de meia-entrada e não mostraram comprovante. No site, é explicado isso. Aí, a gente barra. O cara precisa pagar a diferença ou pegar o dinheiro de volta. Mas insistiam em entrar, esmurravam o vidro, ficavam batendo boca, atrasando o processo”.
Cardoso aproveita para lamentar que não consegue mudar a “cultura de chegar de última hora” do torcedor. “Dos 13 mil ingressos, 6 mil foram vendidos só no domingo”, disse.
BAMOR
Maior organizada do Bahia, a Bamor não levou faixas e bandeiras para o duelo, suscitando dúvidas sobre a postura da torcida. Mas, apesar da desconfiança de alguns de que poderia ser um “protesto” pela deposição do presidente, ela na verdade estava suspensa pela polícia em função de conflitos com a rival TUI antes do Ba-Vi do último dia 21. A punição é por dois jogos.
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