De Eduardo Rocha, no Correio da Bahia desta terça-feira:
“Elias nunca foi unanimidade entre diretoria, imprensa e torcedores. O futebol inconstante, capaz de resolver ou desaparecer, desde 2004 é motivo de desconfiança. Mas uma análise distanciada dos últimos anos de clube pode desfazer o mito do jogador indolente, pregui-çoso. O meia foi o principal nome do Bahia nas finais das séries C de 2006 e 2007, quando André Pastor, Rodriguinho, Juninho, Danilo Gomes, Preto e outras tantas contratações ficaram pelo caminho.
Atualmente, a perna canhota atira quase tão bem quanto distribui. A pontaria lhe rendeu seis gols no Campeonato Baiano 2008 e a artilharia da equipe pela primeira vez. Comandante do acesso à Série B, Arturzinho o ensinou com a propriedade dos que desfilaram talento nos campos: meia precisa de gols. Nos primeiros jogos com ele, eu atuava bem, mas não fazia gols. Quando ele me alertou, coloquei isso na cabeça, recorda. Elias foi à frente e marcou seis vezes só no octogonal decisivo da terceirona do ano passado.
Futebol ainda mais eficiente do que o que garantiu a transferência ao Vasco da Gama, no início da temporada 2007. Elias só se queixa da má sorte no Rio de Janeiro. Durante o contrato de quatro meses, a complicação de uma conjuntivite e outra contusão muscular, aliados à eliminação da equipe de São Januário da Copa do Brasil e Campeonato Carioca, derrubaram qualquer possibilidade de permanência.
A seqüência de lesões é justificativa plausível para que só agora o meia tenha algum destaque. No clube desde 2002, suas primeiras oportunidades entre os profissionais aconteceram em 2003 e 2004. Infelizmente, tive problemas no meu início no Bahia. Na temporada 2005, o rompimento do ligamento cruzado do joelho o afastou dos campos por oito meses. Some-se a isso o período de readaptação e alguns problemas musculares comuns ao retorno; um ano inativo.
É hora de recuperar o tempo perdido. Estou num ótimo momento, mas sei que quando se é artilheiro a cobrança aumenta. Bom… no futebol, quem não quer cobrança, fica em casa, não teme. No início do ano, Elias chegou a receber sondagens de Goiás e Atlético-GO, mas para uma transferência sem custos. O Bahia negou. O atual contrato com o clube se estende até abril de 2009″.
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