Na manhã desta quinta-feira, o assessor de imprensa Luiz Britto, que teria “ameaçado de morte” Paulo César Oliveira, árbitro do jogo decisivo entre Bahia e Brasiliense, afirmou que o juiz mentiu na súmula ao acusá-lo, dando outra versão para o ocorrido, e se defendeu das acusações.
“Eu o alertei da seguinte forma: você vai morrer pois da forma que está prejudicando o Bahia, o policiamento do estádio não vai conter a fúria de 50 mil torcedores”, rebateu ele, que não se diz arrependido pelos insultos proferidos.
“Estão preocupados com o meu julgamento, mas o problema é que por causa dos erros desse canalha o Bahia teve de pronto um prejuízo de R$ 8 milhões pela redução da cota da televisão por permanecer na Série B, além de perder patrocínios. Ninguém pensa nas demissões que vão causar no Bahia ou se os funcionários não vão receber o 13º salário e passar um Natal triste”.
“Eu sou jornalista, tenho carteirinha da profissão e não invadi o gramado, pelo contrário, tinha o direito de estar lá. Entrei em campo no intervalo para dizer que ele estava roubando o Bahia. Errou ao não marcar dois pênaltis e ao marcar um a favor do Brasiliense. Não deu para suportar. Os advogados do Bahia já estão providenciando a defesa e não temo nenhuma punição”.
Britto admite que se descontrolou, porém não poupa críticas a Paulo César. “Ele me xingou também e até mandou os policiais me prenderem, mas prejudicou tanto o Bahia que nenhum soldado quis cumprir a ordem”, contou, lamentando que no Brasil não haja qualquer punição aos erros dos juízes.
“Vão discutir o sexo dos anjos nesse meu julgamento, enquanto o problema é o prejuízo causado ao Bahia”, atacou ele, que garantiu não estar preocupado com uma eventual condenação que o afastaria do futebol. “Quero deixar bem claro que tenho trinta anos de profissão, não tenho antecedentes criminais e vou continuar sendo jornalista”.
Agência Estado (Adaptado)
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