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Assista à excelente entrevista de Darino com Joel

Notícia
Historico
Publicada em 11 de maio de 2013 às 20:57 por Da Redação

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Nesta semana, o treinador Joel Santana recebeu o comentarista Darino Sena, da Rede Bahia, para um bate-papo informal na semana de decisão do Campeonato Baiano.

Joel não fugiu de temas e falou sobre o atual momento do Bahia, pediu confiança ao torcedor e esbanjou otimismo ao garantir que o Tricolor não será rebaixado na Série A. Joel ainda lembrou problemas enfrentados em 2012, falou sobre aposentadoria, panelinha e uma polêmica que vive rondando as águas tricolores: o fato de ter chamado o Bahia de “sardinha”.

A tormenta tricolor

Aos 64 anos, Joel sabe que tem em mãos um time que precisa crescer se quiser ter um futuro de alegrias. Para o treinador, o Bahia precisa de motivação para sair de uma fase complicada.

“Temos que melhorar muita coisa. Eu estou buscando para saber o que minha equipe pode fazer para render. Moralmente estamos abalados. Para tirar o abalo é preciso tempo. Eu não estou pedindo um ano, estou pedindo algumas semanas para implantar minha filosofia. Você precisa conhecer o grupo, e o grupo te conhecer. Aqui é importante formar o caráter. Ninguém quer santo, mas também não queremos bandidos com a gente. Tem que seguir a linha de conduta do clube”.

Panelinha?

“Eu cheguei aqui e ouvi falar muita coisa. Não vi nada. Não tive problema nenhum. Espero não ter. Não senti o grupo rachado. Ouvi dizer que tinha o grupo do Titi, o grupo do Fahel. Não tem nada disso. Eles são os que mais se falam em campo. Quem me conhece sabe que não admito panelinha. Futebol não é lugar para panelinha. Se eu sentir isso, podem ter certeza que vai sobrar para alguém”.

Fraco rendimento no Baiano = Brigar para não cair?

“Às vezes temos que deletar uns números. Eu já tive jogo que chutei 27 vezes contra 6 e tomei 4 a 1. O que está sendo falado está sendo indicado. Talvez vamos melhorar em algumas coisas. Eu não tenho tempo para me enganar. Vou ter o time do Mato Grosso que tenho que eliminar, o Vitória, o Criciúma, que é um time chato para caramba de enfrentar lá. Vou tomar decisões como eu tomei há 19 anos, quando cheguei aqui sem ser ninguém. Naquela vez, o presidente me ligou e montamos um time do dia para a noite. Fizemos um time campeão. Em algumas posições eu tenho fixado um pensamento, e em outras vi coisas que não correspondem àquilo que eu acho que um clube precisa. Mas não é o momento de falar. Está tudo na caixa preta (risos).”

De `sardinha´ a `tubarãozão´

Em 2011, Joel se envolveu em uma polêmica ao chamar o Bahia de “sardinha”. Ao comentar que esperava por um “peixe grande” e que, por isso, havia recusado o convite do Tricolor, Joel caiu em desgraça com a torcida da equipe baiana. Questionado mais uma vez sobre o assunto, Joel tratou o Bahia como um novo peixe. O treinador começou a resposta aos risos, mas falou sério ao pôr um ponto final na polêmica.

“Sardinha? Você cismou com isso, não é (Darino?). Traz uma lata de sardinha aí para ele. Sardinha é gostosa para caramba. O Bahia é Tubarão, cara. Tubarãozão, pronto! Isso é muito pequeno para um clube da grandeza do Bahia. Os dois títulos brasileiros e as pessoas que passaram por aqui mostram o que é esse clube. Temos que pensar alto. Temos sofrido, mas precisamos e vamos melhorar. Vamos jogar um Ba-Vi como o nosso torcedor quer. Clássico é difícil, mas sempre foi. Temos que ter confiança em nós mesmos”

O ano da reconstrução

“O ano passado foi muito difícil para mim. Por isso estou feliz. Não vim comer acarajé. Não vim comer moqueca. Eu cheguei a primeira vez e não era nada. Morei em um hotel pequeno em Armação. Depois morei em Ondina. Eu tenho minha vida pronta. Filhos formados, filha doutora. Eu vim trabalhar com honestidade. Eu volto para os lugares é por respeito. Eu vivi um ano muito difícil no ano passado. Estou satisfeito e feliz por voltar. Minha saída foi traumática. Vivi muita coisa que vou guardar comigo nesse último ano. Fiz uma cirurgia, fiquei procurando respostas para muita coisa. Foi um ano duro. Mas voltei feliz. Por isso todos os dias agradeço ao Senhor do Bonfim e venho feliz. E, se estou feliz, eu desenvolvo melhor minhas ideias. Por isso, tenho certeza que vamos fazer um bom ano. Aposentadoria? Isso a gente não pensa. A gente diz `vou parar´ e para´”.

Uma questão de fé

“O torcedor me conhece. Sempre que passei por aqui deixei algo bem feito e desta vez não será diferente. Nosso torcedor nunca nos deixou na mão. Não será desta vez. Não sou um cara de promessas, sou de vender trabalho. Toda vez que vim para cá, eu vendi bem, e desta vez não será diferente. Temos que entender a grandeza que somos. Vamos passar uma borracha no que passou. É hora de ter fé. Eu tenho fé no torcedor. É hora de o torcedor ter fé em nós”

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