A nota abaixo é assinada em conjunto pelo Movimento Unidade Tricolor e pela Associação Bahia Livre:
“Na noite de 10 de junho, nosso companheiro Nestor Mendes Jr., na condição de representante dos movimentos Unidade Tricolor e Bahia Livre, foi informado pelo presidente da Bamor, Jorge Santana, que um grupo de 40 torcedores iria ocupar o Fazendão na manhã do dia seguinte. Nestor disse que estaria lá para dá todo o apoio necessário. E, efetivamente, chegou ao CT do Bahia por volta de 7h30.
A disposição da direção da Bamor era só sair do Fazendão quando o clube se dispusesse a concordar com as eleições diretas para dezembro de 2008. Por volta de 10h, uma comissão formada pelos advogados Ademir Ismerim e Victor , pelo vice-presidente da Bamor, Julius Rocha, pelo presidente da Torcida Povão, Rosalvo Castro, e por Nestor, teve a primeira conversa com dois representantes da direção do Bahia, quando foi apresentada a pauta de negociação, cujo item principal era a realização de eleições diretas em dezembro de 2008, com a garantia de que novos sócios, inscritos até 4 meses antes do pleito, pudessem participar.
Os representantes da direção do Bahia que estava reunida no Hotel Portal da Cidade, na Estação Rodoviária, sob o comando do conselheiro do TCM, Paulo Maracajá apresentaram uma contraproposta, mantendo eleições indiretas em 2008, diretas em 2011 e prazo de carência de 1 ano.
Por sugestão nossa, a proposta foi levada à assembléia, formada por cerca de 90 integrantes da Bamor e dezenas de representantes de alguns grupos de oposição, que, por unanimidade, rechaçaram a oferta, mantendo a disposição de continuar ocupando o Fazendão.
Por volta das 22h, fomos informados que a ocupação estava encerrada. Na calada da noite, tudo mudou.
Hoje, está sacramentado um acordo.
Quem dá legitimidade a esse acordo? Quais são os interesses que estão por de trás dele? A quem interessa essa tratativa feita contra a vontade dos próprios integrantes da Bamor?
Como tudo cheira a suspeição nas ações onde a direção do Bahia está envolvida, parece que os integrantes da Bamor foram usados como massa de manobra para atender a interesses escusos dos que querem ludibriar, mais uma vez, a inteligência dos baianos.
Os movimentos Unidade Tricolor e Bahia Livre não compactuam com esse acordo espúrio e defendem, intransigentemente, a realização de eleições diretas em dezembro de 2008, porque este não é o interesse pessoal de alguns, mas o da grande torcida do Esporte Clube Bahia”.
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