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Atacante e torcedor entram em rota de colisão

Notícia
Historico
Publicada em 10 de abril de 2008 às 15:21 por Da Redação

Se para alguns jogadores, principalmente aqueles do sistema defensivo, a fase do Bahia é boa, para outros as críticas da torcida incomodaram e muito. O atacante Reinaldo Aleluia não teve cabeça fria e chegou às vias de fato com um torcedor no final do treino de ontem. Confira detalhes na matéria do jornalista Eduardo rocha, do Correio da Bahia:

“Mais de 20 anos como profissional do futebol. Do alto dos seus 35 anos, Reinaldo Aleluia deveria ter adquirido rodagem suficiente para lidar com críticas e provocações sem exceder os limites da relação atleta-torcedor. Não parece o caso. Ontem, o atacante não suportou as ofensas vindas das arquibancadas do Estádio Armando Oliveira e acertou um tapa no peito do segurança Eliseu Evangelista. O suficiente para iniciar um pequeno tumulto nas dependências do estádio.

“Infelizmente, o torcedor tem essa postura. A equipe está classificada e só perdeu duas partidas durante todo o campeonato. Chateia, mas fica a experiência para a próxima oportunidade. Se voltarmos a treinar aqui, não vamos liberar a abertura dos portões”. Comelli não comentava o ocorrido, mas parecia prever reação incisiva da torcida.

“Jogadorzinho”; “Aleluia, você é horrível”; “sai daí, Aleluia”. Evangelista, 46 anos, se destacou dentre os pouco mais de 50 torcedores que acompanhavam o coletivo do Bahia, ontem à tarde, pela postura agressiva. Perseguiu com especial furor Didi, Pantico e Reinaldo Aleluia, considerados os principais culpados pela falta de gols do time. “Quero ver Elias e Cristiano no ataque”, bradava a plenos pulmões desde que a bola começou a rolar.

E esse foi mesmo o ataque montado no início do trabalho, com Ananias encostando pela direita. Mas o time mudou naturalmente no decorrer da atividade. “Os jogadores vêm de uma viagem desgastante e treinamento forte ontem (anteontem)”, observou o treinador. Nada mais óbvio. Afastados dos primeiros minutos, Didi e Pantico ganharam vaga entre os titulares; Aleluia na equipe reserva.

A senha para as provocações voltarem com força. Quando a situação parecia contornada, o cerco da imprensa disse tudo. “Ele me deu um tapa no peito. Veio aqui agredir um torcedor”, berrava Evangelista. Na saída do campo, no caminho para o ônibus, outro rapaz teria sido empurrado na confusão. Um pequeno grupo seguiu os atletas e desafiou Aleluia a descer. Em vez dele, o segurança do clube, que fez vistas grossas a câmeras e microfones para empurrar Evangelista portão do estádio afora.

O Bahia decidiu não tomar nenhuma medida administrativa sem antes ouvir as versões do jogador e do segurança. “Saí de lá antes, porque fui com meu carro particular, e não tomei conhecimento de nada. Vamos conversar com os dois, mas precisamos minimizar esse tipo de coisa na semana de uma partida decisiva contra o Itabuna. Outra coisa, a gente também não sabe se o cara é torcedor do Vitória e queria tumultuar o ambiente”, analisou o diretor de futebol Ruy Accioly”.

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