Baixaria. Como bem escreve jornal A Tarde em sua edição desta quinta-feira, “ontem, durante o programa No Campo do 4, exibido pela TV Aratu, a batalha entre Viola e o Bahia teve seu capítulo mais dramático. O jogador e o presidente do clube, Petrônio Barradas, discutiram asperamente, faltando chegar às vias de fato. Pelo observado, as diferenças entre as partes só devem ser solucionadas na esfera judicial”.
Recém-empossado, o cartola falava sobre as suas metas para o triênio 2006-08 quando o camisa 9 subitamente chegou, provocando um grande constrangimento. Iniciou-se então uma troca de farpas ao vivo que culminou com Barradas não suportando a ironia do “tetracampeão”. Rebateu que ele estava lhe tratando de maneira “jocosa” e até o acusou de levar cartão amarelo de propósito para não viajar a Recife. Confira matéria do Correio da Bahia:
De volta a Salvador após viagem aos EUA, onde jogou e marcou um gol pela Seleção Brasileira de Masters, Viola apresentou sua versão dos fatos e, ao final da atração, com nova frase polêmica, tirou do sério o presidente Petrônio Barradas, outro convidado. “Se meu pai tivesse seios, eu teria duas mães”.
A pérola, proferida quando todos se despediam e o tempo da atração estava “estourado”, cortou o clima tranqüilo e obrigou ao apresentador Elizeu Godoy (foto) a se despedir em meio a provocações mútuas, com o letreiro subindo e um contrariado Petrônio contestando o valor de Viola perante a Nação Tricolor. “Você não honrou a camisa do Bahia e tem 5 milhões de pessoas que querem que você vá embora”. De imediato, o veterano retrucou. “Se a organização fosse melhor, o clube não estaria nesta situação. O problema é o `se´”.
Durante sua participação, Viola contrariou que viajou sem autorização, como foi divulgado pelo clube. Afirmou que errou ao confiar na palavra em vez de requisitar docu-mento. Relatou que ele e Fernando Miguel não tinham acompanhamento adequado durante a recuperação das lesões e que todos os departamentos do Fazendão estavam de férias. Disse que o volante é testemunha “viva” e que esteve na sala do então interino para reclamar da falta de orientação nos exercícios.
Petrônio Barradas negou a permissão e garantiu que um problema escolar da filha de Jorge Lago, justamente neste dia, foi o motivo da ausência.Sobre a rescisão, o atacante falou que aceita sair, tanto que se dispôs a receber apenas 20% do que ainda teria direito durante o ano. Falou que não é mercenário, que deixou de ganhar US$15 mil em jogo da seleção no Canadá para jogar pelo tricolor em Caxias, fora os quatro meses de atraso no direito de imagem e dois de salários. “Mas sou um prossifional, tenho contrato e dependo do meu trabalho para honrar os compromissos”.
Chateado, diz não aceitar uma tentativa de demissão por justa causa e mostrou uma ordem de despejo de sua casa em Vilas do Atlântico, devido a dois meses de aluguel atrasados por parte do Bahia. Demonstrando que não falam a mesma língua, o presidente Petrônio Barradas rebateu afirmando que os departamentos jurídico e de pessoal já tentaram fazer acordo de rescisão, porém o atleta, único dos contratados na temporada ainda na equipe, nunca aceita. “Só pode haver um hiato entre o dito por Luiz Trócoli (diretor financeiro) e o repassado pelos advogados a ele, pois nunca há acordo”. A intenção do Bahia era parcelar em dez vezes o valor devido até a eliminação na Série B, excluindo os meses de novembro e dezembro e evitando a multa de R$600 mil, presente no contrato.
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