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Atletas do Bahia defendem direito de brincar

Notícia
Historico
Publicada em 21 de fevereiro de 2004 às 13:54 por Da Redação

A maior parte do elenco tricolor pretende aproveitar as quase 48 horas de folga para curtir o Carnaval de Salvador. É o caso do zagueiro Valdomiro, que somente aos 19 anos descobriu como era a folia nas ruas. Sua mãe, uma batista fervorosa, não permitia que ele fosse para a festa. Era o preço por ser o caçula de quatro irmãos.

Mais crescido, deseja recuperar o tempo perdido. Neste final de semana, sem treinos no Fazendão, o jogador vai reforçar o contingente de súditos do Rei Momo. Sábado, a partir da tarde; e domingo, o dia inteiro. O beque acha que é suficiente. Foi convidado pelo rubro-negro Vampeta para um camarote na Barra. “Mas recebi outras propostas e estou estudando qual é a melhor”, brinca. Parece até negociação entre clubes de futebol.

Valdomiro não está preocupado com possíveis reações negativas dos torcedores que encontrar, por conta da má fase do time. Ele argumenta que é uma pessoa pública e está acostumado a lidar com esse tipo de situação: “Sei que não vão me jogar flores. Mas também não vão me atirar pedras. Sou um ser humano e tenho direito a me distrair. Tenho que aproveitar enquanto jogo na Bahia. Daqui a pouco tô no Japão, igual a Uéslei, louco pra estar aqui agora”.

O atacante Marcelo Nicácio também quer curtir a folia durante a folga, mas ainda não se programou. Na adolescência, costumava passar a festa na Piedade, onde via de perto o Chiclete com Banana e o Olodum, suas bandas prediletas. “Vou dar uma saída, mas sem me empolgar muito, pois o professor Vadão pediu pra gente se cuidar. Pena que não rolou nenhum camarote”, disse.

O goleiro Márcio deu mais sorte. Descolou convites para ele e a namorada no camarote Cerveja & Cia, em Ondina. Nos oito anos que mora em Salvador, o camisa 1 do Bahia sempre caiu na folia. “Mas hoje a profissão impede que a gente cometa excessos”, pondera.

Assim como Valdomiro, Márcio considera que os jogadores têm direito a brincar o Carnaval. Ele não teme, mas toma precauções para evitar problemas com torcedores. “Respeito a torcida e entendo que ela está chateada com a fase do Bahia. É preciso tomar cuidado, porque sempre tem uma pessoa mais exaltada. Mas é preciso que o torcedor entenda que os jogadores precisam viver e se divertir”.

Emerson, seu companheiro de posição, acha o mesmo. O gaúcho já avisou que vai aproveitar o período para sair no trio com os amigos tricolores da banda Jammil e Uma Noites.

A Tarde (Adaptado)

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