A “cautela” do técnico Roberto Cavalo ao propor a antecipação em um dia da viagem a Salvador se justificou nesta quinta. O vôo atrasou, a viagem foi longa e com escalas desgastantes, e a delegação acabou mudando a programação já em solo baiano para poder recuperar os jogadores do cansaço da viagem.
Tudo para deixar músculos e articulações descansados e prontos para a batalha de sábado, decisiva às pretensões das duas equipes, que vêm de resultados ruins na estréia no quadrangular final da Série B. Uma batalha em campo incandescente, sob o sol castigante das 15h na primavera baiana.
O duelo está marcado para as 16h, horário de Brasília. Em Salvador, 15h, sol rachando. Há quem já esteja acostumado, como o zagueiro Júlio César. Baiano de Camaçari, habituado ao calor do Nordeste brasileiro, o xerifão da zaga avaiana já está habituado com o desgaste e não se preocupa. “Acho que não tem diferença não. O time da gente está bem preparado. Tanto faz jogar no frio ou no calor, estamos preparados para o que der e vier”, disse o zagueiro.
Mas como nem todo mundo é baiano, não custa precaver. É o pensamento do preparador físico do Leão, Álvaro Andreis, o Tite. “Com certeza o desgaste é maior e já tomamos algumas precauções neste sentido, algumas medidas”, afirmou o preparador.
Os cuidados já começaram nesta quinta-feira, na chegada do grupo a Salvador. Depois de sete horas de vôos e escalas, entre Florianópolis-Porto Alegre-São Paulo a delegação chegou na Bahia por volta das 16h30min e foi direto para o Estádio Barradão, para o tradicional “treino desintoxicante”.
Isso para evitar um deslocamento extra de pelo menos 30 quilômetros, distância de ida e volta entre o hotel onde o Leão está concentrado, no Praia do Rio Vermelho, e o CT do Vitória-BA. “É necessário. Sempre há um desgaste. Você foge do habitat natural, quebra a rotina natural do cidadão e evidente que uma viagem destas atrapalha o metabolismo do jogador. Mas nada que atrapalhe”, disse Álvaro Andreis.
Diário Catarinense (Adaptado)
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